Acabaram de nos apresentar em lançamento na Argentina, a nova picape proveniente da união dos times da América Latina (Brasil e Argentina), Austrália, Tailândia e Japão. Pela primeira vez na história da GAZOO Racing Latino-Americana, um protótipo local foi construído para seu desenvolvimento e testes para atingir o propósito principal, que é oferecer esportividade, incluindo acelerar fundo com segurança e confiança dentro de uma ´picape´ no on e também no off road. Engenheiros locais desenvolveram a nova suspensão, grade frontal e outras partes da carroceria nos centros de design e oficinas da Toyota, em Zárate, Argentina.



No teste pilotei na rota 40; em trecho urbano; em alguns quilômetros de rípio; na estrada onde passou o Rally Dakar (como se fosse um parque natural enorme, tipo Jalapão) e por fim acelerei forte no Autódromo Villicum tanto no on, quanto no off road.



Depois dos testes, já tinha minhas conclusões sobre o novo modelo, até que, surge - Gabriel Raies - e para quem ainda não sabe, como eu não sabia, ele é o maior campeão de rally da Argentina, um ídolo nacional e foi peça importante para o time Gazoo com os testes, principalmente em altas velocidades. Talento que parece vir de família, já que seu pai também foi piloto, seus irmãos campeões e o filho, piloto também.



Depois da minha experiência solo, era hora de acompanhar a pilotagem do Gabriel, e só então percebi que não tinha explorado nem 50% da capacidade da nova picape. Naquele momento as melhorias ficaram ainda mais nítidas, graças também à uma versão SRX disponibilizada em todos os percursos para a comparação entre uma e outra.



Na receita da Toyota GAZOO para essa quarta geração da Hilux, tinha um ingrediente importante: manter a confiança do cliente com o produto a longo prazo, ou seja, mesmo com todo uso severo que esse modelo possa sofrer, ele tem que resistir íntegro, forte e seguro por muitos anos. Contudo, uma nova plataforma mais evoluída para receber a também nova suspensão dianteira e traseira com amortecedores monotubo, freios, incluindo a disco na traseira, que não existia. Novos eixos mais robustos e longos, onde na traseira aumentou 155mm e na dianteira 140mm. Melhorou o ângulo de ataque para 30,1 graus e ainda 20mm na altura livre do solo.



Mas caso você pense que esses números são pequenos, eu digo que podem ser mesmo, mas a busca foi pelo acerto e não pelo tamanho em si. Outro número que aumentou, foi o da potência, assim como na geração anterior: 20 cavalos adicionados, mantendo o torque. A idéia não era ser potente, mas sim encontrar um bom equilíbrio entre performance e confiança longeva do conjunto.



Já na parte aerodinâmica da picape, robustos alargadores de pára-lamas incorporaram um túnel de vento para ajudar. Um aerofólio também foi inserido no lugar de um convencional santoantonio para diminuir vórtices de vento e manter o carro com menos rolagem lateral e permitir que o condutor desfrute de uma experiência segura, inclusive em alta velocidade, enfatizando as suas ligações com o automobilismo, como num rally, por exemplo.



As partes externas da carroceria, como a grade frontal, os dutos de ar, a barra esportiva (aerofólio) e até mesmo o design das rodas, também visam maximizar a eficiência aerodinâmica. Na dianteira destaque por conta da inscrição “TOYOTA”, exclusiva das versões GR, e faz referência direta ao caráter de competições de rally. Vale destacar que o mérito Gazoo Racing é dos nossos hermanos da Argentina, pois nasceu lá a primeira Hilux Gazoo que hoje faz parte de um projeto que se tornou global para a marca.



O interior tem acabamento exclusivo, com bancos dianteiros com desenho esportivo, revestidos com couro natural, suede e material sintético com detalhes vermelhos. O painel e console central são na cor preto brilhante e alguns itens, como a placa de identificação com o número da unidade, o apoio de cabeça dos bancos, as pedaleiras de alumínio e os tapetes exclusivos, destacam a assinatura da divisão GAZOO Racing.



Os faróis são Bi-LED com “Follow me home” e ajuste automático de altura, lanternas traseiras e luzes diurnas de LED (DRL), sistema multimídia com tela sensível ao toque de 9” com espelhamento sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. Sistema JBL® com seis alto-falantes, dois tweeters e um subwoofer, Smart Entry System, que permite destravar as portas simplesmente pressionando o botão na maçaneta de abertura da porta, mantendo a chave inteligente no bolso, facilitando também a operação de partida do veículo por botão. Câmera de ré, monitor com sistema de visão 360° e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.



Inclui, ainda os sistemas de partida em rampa; Controle de tração ativo; Bloqueio do diferencial traseiro; Assistente de descida; Seletor de modo de condução ECO e Power; Sistema Toyota Safety Sense; Sistema de alerta de mudança de faixa; Controle de cruzeiro adaptativo (ACC); Freios ABS com EBD; Assistência à frenagem de emergência; Luzes de frenagem de emergência (EBS); Controle de estabilidade (VSC); Controle de oscilação do trailer (TSC); LSD automático e 7 airbags.



O novo modelo estará disponível em toda a rede Toyota no Brasil a partir da primeira
quinzena do próximo mês (abril) em 4 opções de cores: Cinza Granito, Preto Attitude, Vermelho Volcano com teto preto (dual tone) e Branco Lunar com teto preto (dual tone), por R$ 367.390,00. Inevitavelmente, estão comparando com o valor da Ram Classic que custa uns 13k (354) a menos. Para efeito comparativo, uma marca é bem diferente da outra, assim como suas categorias. Motorização é outra diferença grande, já que a Ram vem equipada com um motor Hemi de 400cv a gasolina e consumo diferente ao da Hilux GR-S com o 2.8 de 224cv a diesel. Não pude apurar o consumo da GR-S nestes testes, mas peço aos "Rallyzeiros" de plantão que prestem atenção nessa picape!


@FlavioVerna4x4


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