Já rodei muitos quilômetros de Nissan Frontier pelo asfalto, mas principalmente fora dele. Foram também muitos no agressivo transito de grandes metrópoles e tantos outros parando o gentil transito de pequenas cidades. Independente de onde, a Frontier ainda é uma ótima opção para tudo isso.
Escolhi a versão topo de linha para esta experiência, pois acredito que a Nissan manterá os outros modelos até o próximo ano, como são hoje. A boa noticia é que uma nova versão mais aventureira (ou talvez esportiva) PRO-4X deve assumir o posto do topo de linha, acima da LE. Portanto a XE e Attack acredito que receberão a nova roupagem apenas em 2023. A nova PRO-4X é uma versão que prioriza tecnologia, segurança e um requintado estilo ao qual me fez relembrar a "Rescue" exibida em alguns eventos, como o Salão Internacional do Automóvel de SP.
O novo modelo já não é mais segredo pois abriu suas vendas em outros países desde o ano passado e em alguns, pode até ter outros nomes, como por exemplo: Navara ou NP300. Acontece o mesmo com as versões, como exemplo: a Attack brasileira se chama X-Gear na Argentina e são exatamente iguais, inclusive planta fabril.
As novidades aguardadas para a LE e a nova PRO-4X são: Sistemas eletrônicos para segurança, como: ACC - controle de cruzeiro adaptativo com alerta de colisão frontal, frenagem de emergência autônoma, alerta de faixa, de ponto cego e de transito cruzado. O design não mudou muito, mas o novo conjunto óptico dianteiro, esse sim deu o toque final, trazendo mais modernidade a picape, são quatro projetores em full led apontando a seu favor, trazendo comodidades do farol alto automático e o charme da luz diurna que contracena com as novas lanternas traseiras, em led, é claro!
A versão PRO-4X obviamente tem mais recursos que a LE, assumindo a posição de topo da gama, mas além do visual personalizado, aparentemente terá paddle shifters no novo volante de raio ligeiramente menor e atualizado (volante será igual, sem paddles para a LE). Jogo de bancos em couro, também exclusivo para o modelo. As rodas pintadas em preto são importantes e muito certeiras ao promover estilo 'todo terreno' ao modelo.
O reposicionamento das luzes de neblina tem sido tendência e a nova Frontier ajustou também. Nova tampa da caçamba deverá vir com melhorias em peso para abertura ou fechamento, além de um novo desenho que contempla uma impressão em relevo com o nome da picape. O novo cluster com tela tft de 7" é um pouco frustrante, já que mantém os mostradores analógicos de giro e velocidade, datando o projeto prematuramente. Tem também um novo e aparentemente mais reforçado Santoântonio, protetores de pára-lamas (fenders) em plástico preto. Ganchos e outros detalhes são destacados em cores vibrantes.
Se você gosta da picape, pretende comprar uma em breve e está em duvida se espera o lançamento da nova (ainda sem data definida para o Brasil) ou se compra já, talvez estas informações poderão ajudar. Ao que índica, será apresentada até o final do ano, ou seja, tem tempo ainda.
Então, o melhor é ter uma noção se as mudanças e a variação de preço (provável), valerão a pena esperar pela nova. O que vale destacar também é que o modelo atual deverá continuar convivendo com a nova, assim como aconteceu com a Mit L200, então não deve ser uma preocupação comprar a atual e ficar desatualizado esteticamente, desvalorizando a recém compra. Lembrando que essa comparação entre a nova e a atual, só tem validade se sua escolha for pela versão mais cara.
Contudo, só vale a pena esperar pela nova se você fizer questão dos itens eletrônicos de segurança, caso contrário, comprar agora parece ser uma boa opção, já que as mudanças são mais estéticas e eletrônicas do que no conceito do carro.
Como toda parte de suspensão e mecânica devem continuar inalteradas, a Frontier atual é uma boa opção não só 0km, mas também seminova.
@FlavioVerna4x4
+