A Volvo está a todo vapor na eletrificação de seus modelos, sendo que já tem todo line-up de suv´s híbridos, ou seja, motores a combustão auxiliados por motores de propulsão elétrica. Metade do caminho já alcançado. Em breve, talvez já no próximo ano, iniciem a apresentação de alguns modelos 100% elétricos.
Para esse segundo passo não depende só da montadora ter o produto, depende também da infraestrutura de pontos de carregamento e a marca já esta investindo nisso, inclusive, inaugurou em pinheiros um posto de abastecimento bem moderninho. O objetivo da eletrificação é ter um nova frota de veículos movidos por energia 'renovável e sustentável', com a vantagem de sermos um dos dez maiores produtores de energia do mundo.
Além da produção de energia ser mais sustentável, outro fator tão importante quanto esse é a não emissão de gases poluentes. A pandemia do Covid-19 esta servindo para muitos aprendizados humanos e um deles foi a possibilidade de perceber que sem carros nas ruas, nosso ar fica limpo, leve e mais saudável para a existência de seres vivos. Sem oxigênio, não sobrevivemos.
Essa guinada da indústria automotiva poderia ser mais rápida, mas mesmo assim, o resultado em alguns anos será formidável, já que não precisaremos abrir mão dos automóveis para poder respirar. Por isso, sempre apoio ações antipoluições, apesar de adorar a tocada de um veiculo diesel.
Os testes que fiz com a versão T8 híbrido do Volvo XC60, só me fizeram perceber melhor tudo isso, já que não encontrei uma tomada capaz de conectar o modelo para recarregar as baterias e tive que usar na maior parte do tempo o motor a gasolina, lembrando que os testes off road foram feitos na Serra da Mantiqueira, predominantemente em área rural. A única recarga que encontrei, foi no caminho da serra, em um posto de conveniência da Rodovia Carvalho Pinto.
Enquanto ainda na capital e com as baterias carregadas, o consumo foi muito baixo quando no modo híbrido, com os dois motores trabalhando associados. No puramente elétrico é uma delicia, torque imediato e sem ruído do motor. Talvez possa soar estranho para quem ainda não teve essa experiência, mas posso garantir que é fácil acostumar.
Quanto ao modelo, na cidade sofre um pouco com o péssimo asfalto que temos, principalmente quando a enorme roda com pouca borracha cai em algum buraco. Mas é no bom asfalto que esse suv gosta de rodar e quando na rodovia, parece flutuar.
Macio, confortável e principalmente muito seguro. São estas atribuições que fazem desse suv um carro bom para longas viagens, acompanhadas de pouco papo, já que a qualidade sonora não te da chance para ouvir qualquer musica abaixo do volume máximo, sem distorção e com muito prazer.
Sabemos que não se trata de um modelo com grandes aptidões para o uso no fora de estrada, mas como exemplo, já passei por trechos que só 4x4 passaria e foi muito bem. Na pista de testes off road, em nenhum momento o carro deixou a desejar, com exceção para os pneus 255/40 que são 100% asfalto nas enormes rodas de aro 21 polegadas.
Entre as duas opções de motor T8 e D5, eu ainda prefiro o
D5 para longas viagens e o T8 para uso predominante em cidades. Os preços parecem absurdos, mas para o nível do carro e média de preços no Brasil, vale a pena. O D5 e o T8 na versão Momentum estão na mesma faixa de preço, próximo dos 290k. Na versão mais cara R-Design não encontrei o preço do 0km com motor diesel, só o T8 que esta custando 328k.
Acima dele, vem o
XC90 que já testamos e tem as mesmas características, porém com uma 'pitadinha' de luxo e espaço a mais, sem contar que já passa dos 400k, mas também vale muito a pena se você tem o valor para investir.
Boa viagem!
Flávio Verna _ Insta: @FlavioVerna4x4
.