Recebi para avaliação o Range Rover 3.0 TDV6 Vogue da Land Rover. O mesmo carro que a Rainha Elizabeth II utiliza (tirando alguns mimos e personalizações exclusivas) para seus eventos esportivos e fora de estrada como a caça, que até poucos anos atrás a monarca
utilizava um Defender.
A Rainha Elizabeth é a única pessoa no Reino unido com permissão para conduzir sem licença, mas também, pudera algum oficial exigir tal documento a ela. Dirigindo até os dias atuais, apaixonada pela liberdade de ir e vir sobre quatro rodas, é flagrada freqüentemente ao volante de um de seus automóveis, principalmente seu Range Rover.
Para mim, avaliar um modelo como o RR Vogue é um privilégio e sem duvida foi um prazer também. Sinto-me cada vez mais experiente e apto a transmitir minhas impressões e opiniões. O difícil é levantar pontos negativos em certos modelos, mas todos tem, e não existe o modelo perfeito em tudo.
Na realidade, além do aspecto de respeito que o Range Rover impõe no transito, há também um bom espaço interno, conforto e vários outros itens que impressionam pela excelente qualidade.
Existem outros modelos no mercado que não estão deixando a marca inglesa respirar tranqüila, como o Audi Q7 e o Volvo XC90 D5, os quais avaliei recentemente e pude perceber que o Range Rover esta mais preparado para o fora de estrada, inclusive é o único entre estes modelos citados que possui reduzida e varias configurações especificas para o off road, ponto positivo para o Range Rover.
Apesar dos 258 cavalos de potencia, nesta versão menos apimentada, são os mais de 60 kgfm de torque que ajudam para as boas arrancadas e retomadas. Este motor em V de seis cilindros é eficiente na entrega de força com consumo equivalente se considerado seu peso e robustez. Registrei média de 8 km/l e melhor consumo 12 km/l.
No fora de estrada, rodei na terra e cascalho seco, não tive a sorte de encontrar lama em meu caminho, apesar de já saber o quanto o sistema Terrain Response impressiona, mesmo que calçados com pneus para asfalto. Só quem já vivenciou uma exibição da marca, sabe da capacidade dele.
Experimentei seguir por uma estrada quase abandonada, com mato alto e muitos galhos, além de pedras soltas e subidas íngremes. De dentro do Vogue eu não consegui enxergar nenhuma dificuldade à frente. Cada trecho de difícil acesso parece não ser nada para ele.
Aliás, quando lá no topo da montanha cheguei, a vontade foi de pernoitar por ali mesmo. Com esse conforto interno, a noite seria incrível, assistindo o céu estrelado pelo teto solar panorâmico fixo e abraçado pelo confortável assento em couro Oxford perfurado com aquecimento e 12 ajustes.
A trilha sonora não faltaria: os 380w de pura qualidade Meridian permitia tocar o que desse vontade e quase as estrelas. Vale destacar que a acústica interna do carro é excelente e com as portas e vidros fechados, não se escuta de dentro o som que vem de fora.
Falando em lado de fora, é tão incrível quanto de dentro. O desenho quadrado ainda existe e me agrada com a nova identidade frontal mais moderna e vincos arredondados. Conferem modernidade e preservação de estilo que neste modelo foi pensado totalmente no perfil de seus compradores.
O valor gira em torno de 600k e parece que precisamos de uma coroa imperial para bancar este modelo... mas se eu pudesse e meu dinheiro desse...
Obrigado pela leitura e até a próxima...
Flávio Verna
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