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  • #1
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    30/11/2014
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    Santo Andre/SP
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    Agradecimento: 1

    NOA em julho de 2015




    Olá colegas.
    Em julho de 2015 realizei viagem até o noroeste da Argentina, com minhas esposa e filha de 12 anos, e aqui vai meu relato, a quem interessar possa:

    Veículo utilizado MIT Pajero Dakkar 2014 diesel 4X4
    No rack de teto foram levados 3 galões de metal de 20L cada, para combustível extra.

    Dia 03, sexta-feira: Km 0, saída de Santo André SP, pela tarde e chegada para pernoite em Jacupiranga SP, no hotel Suzyellem.

    Dia 04, sábado: Km 266, saída de Jacupiranga, pela manhã e chegada às 14hoo em Guarapuava PR, no hotel Cisne Branco. À noite a temperatura estava por volta de 4o.C.

    Dia 05, domingo: Km 736, saída de Guarapuava, às 10hoo (8o.C). Almoçamos em Pato Branco PR às 12h30 e cruzamos a fronteira com a Argentina às 14h30 em Dionísio Cerqueira - Bernardo de Irygoien. A entrada na Argentina foi bem tranquila, pois estávamos todos com passaportes e a carta verde referente ao carro. Às 17hoo chegamos a Eldorado (Missiones), onde ficamos no hotel Las Cabañas.

    Dia 06, segunda-feira: Km 1200, saída de Eldorado, às 08h40 (12o.C). O clima estava nublado, porém sem chuva. Naquela cidade troquei os reais que levei em espécie por pesos, ao câmbio de 1:4 (no Brasil, havia feito uma pequena troca por 1:2,80). Chegamos a Presidencia Roque Saenz Peña (Chaco) às 19hoo. Ficamos no hotel Gualok.

    Dia 07, terça-feira: Km 1927, saída de PRSPeña às 09hoo (15o.C). Almoçamos em Santiago del Estero às 14hoo e chegamos a Termas de Río Hondo às 17h30. As estradas foram monótonas, de pista simples, com muitas e longas retas. A velocidade de cruzeiro foi de 130km/h. Passamos por vários policiais e não fomos incomodados. Fez tempo firme na maior parte do percurso.

    Dia 08, quarta-feira: 09h30 (6o.C) neste dia permanecemos em TRHondo para descanso. Saímos para passear a pé. Pela manhã fez um gostoso sol, o qual amenizou o frio. Caminhamos pelo centro, percorremos o parque central. Pela tarde (17h10 20o.C) fomos visitar a barragem da represa da cidade.

    Dia 09, quinta-feira: Km 2473, saída de TRHondo às 08h50 (4o.C). Nesta manhã abasteci os galões do teto, na localidade de El Mollar (Tucumã). Começamos a subir o primeiro "degrau" dos Andes e chegamos a Tafí del Valle, às 12h30 (2000msnm). Ficamos hospedados na Estância Las Carreras Jesuitica. Pela noite a temperatura chegou a ficar negativa.

    Dia 10, sexta-feira: Km 2647, saída de TdValle às 09hoo (6o.C). Às 07h30 fazia 0C. Bonito nascer do sol, o qual iluminava gradualmente as montanhas, com cobres de cobre. Às 10h30 chegamos a Amaicha del Valle. A estrada sinuosa, com subidas e descidas e pavimento ruim. A velocidade de cruzeiro foi de 60km/h. Já na ruta 40, a caminho da Puna, a velocidade de cruzerio foi de 130km/h.
    Chegamos a El Eje (Catamarca) às 12h45. A estrada de entrada para a Puna (RN43) é asfaltada no início, e depois em rípio, mas sem problemas maiores. Cruzamos vários cursos d´água (El Bolson) às vezes sem água! Chegamos em Barranca Larga às 13hoo para almoçarmos, na Hostería Pirucha. Chegamos em El Peñon (3500msnm) às 15h30. No caminho ajudamos um casal de Buenos Aires cujo carro 4x2 estava atolado. Pela noite a esposa começou a sentir o mal de Puna.

    Dia 11, sábado: Km 3022, saída de El Peñon às 09hoo (4o.C). Dia com sol firme, muito bonito. A esposa e filha já sofrendo o mal de Puna. Pela manhã o carro também sofreu, nas primeiras aceleradas o motor não respondia. Depois funcionou sem problemas. Visitamos o campo de pedra-pomes. Até lá, o caminho só pode ser feito por 4x4 e com pequeno risco de atolamento na areia. Entretanto tudo correu bem.
    Chegamos depois a Antofagasta de la Sierra às 12h30. A cidade estava deserta, e abastecemos o carro em um "posto" bem peculiar: era a sala de frente de uma casa, onde o dono estocava barris de diferentes tipos de combustível. Com uma bomba manual ele enchia um galão de plástico de 20L e depois colocava no tanque do carro, por um funil improvisado.
    Em AdlSierra ficamos na hospedaria municipal.
    Apesar dos incômodos, a viagem estava sendo boa, com bonitas paisagens (lunares). O clima estava ajudando, com tempo firme, sol na maioria das vezes. Vento cortante, entretanto.

  • #2
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    30/11/2014
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    Santo Andre/SP
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    Agradecimento: 1
    Dia 12, domingo: Km 3126, saída de AdlSierra às 09hoo (às 08hoo fazia -6o.C). Minha esposa recebeu oxigênio por conta de dificuldade em respirar durante a noite anterior. Quase tivemos de alterar o roteiro, mas as dificuldades foram contornadas. Viajamos até Tolar Grande (Salta) via a localidade de Antofalla. Para tanto contratamos um guia pois as huelas naquela região são pouco sinalizadas e movimentadas. Se nos perdêssemos poderíamos ter sérios problemas. Apesar de estarmos com equipamento de camping, comida, água e combustível não quis arriscar.
    A paisagem era transcendental. Atravessamos salares e montanhas. Chegando a Tolar Grande, às 14h30, a "cidade" estava deserta, com poucas pessoas na rua, com uma fria ventania misturada a areia, a qual cortou a pele de minhas mãos. Parecia filme de faroeste americano.
    Em Tolar Grande esvazei um dos galões de combustível que estava no teto do carro. Dormimos na hospedaria Casa Andina.

    Dia 13, segunda-feira: Km 3359, saída de Tolar Grande às 08h25 (-4o.C). A estrada de saída de Tolar Grande (RN27), rumo nordeste é de terra, mas estava em boas condições. Foi o momento de maior solidão nossa em toda a viagem. Não tivemos contato com nada, veículo algum, até o salar de Pocitos.
    Chegamos em San Antonio de los Cobres (a cidade mais alta da Argentina, na província de Salta) às 13hoo. O clima estava instável, com muita ventania (com areia) e frio. Ficamos no Hotel de las Nubes. À noite a temperatura caiu para -6o.C às 20hoo.

    Dia 14, terça-feira: Dia de descanso em SAdlCobres. Ficamos na cidade. Na noite anterior a temperatura deve ter ficado bem abaixo de zero, pois a água em uma garrafa que estava dentro do carro estava parcialmente congelada.

    Dia 15, quarta-feira: Km 3574, saída de SAdlCobres às 09hoo (-6o.C). Havia gelo na calçada do hotel. O carro não correspondia quando acelerado. O giro não passava de 2000 rpm. Ele apenas ganhava velocidade "no embalo". Eu não sabia se era por conta do frio, ar seco, rarefeito...
    Visitamos o viaduto La Polvorilla, em sua parte de baixo (apenas para ver, nada mais).
    Seguimos para Purmamarca, pela RN51 (em rípio) e após, pela RN52 (já com asfalto), com o carro ainda sofrendo. No percurso atingimos 4017msnm.
    Descendo para Purmamarca o carro começou a melhorar, bem como a água do limpador de para-brisa, a qual estava congelada e não saía quando acionada.
    Chegamos a Purmamarca às 12h30. Visitamos (apenas passeamos de carro) a cidade de Humauaca, mais ao norte, na RN9, cidade histórica, mas mal cuidada.

    Dia 16, quinta-feira: Neste dia perdi meu termômetro. Ficamos em Purmamarca descansando. Dia agradável. A quebrada de Humauaca (Puna Jujeña) é mais rica cultural e historicamente que as demais Punas. A paisagem é diferente e menos hostil, mas igualmente bonita.

    Dia 17, sexta-feira: Km 3911. Saída de Purmamarca às 08h50. A noite deve ter sido bem fria, pois havia gelo no para-brisa do carro. Este, felizmente, não mais apresentou problemas de partida e aceleração.
    Antes de seguirmos para o sul, visitamos o Pucará de Tilcara, uma antigo fortificação inca. Depois fomos para Termas de Reyes, uma grata surpresa e achado. Ficamos em um hotel o qual não admitia pessoas com menos de 16 anos (mas o gerente autorizou a permanência de minha filha). Um hotel muito agradável, com piscina aquecida e spas.

    Dia 18, sábado. Km 4030. Saída de Termas de Reyes às 09h30. Foi o início do fim de nossa viagem. Havíamos deixado em definitivo as elevadas altitudes da Puna. Viajamos neste dia até San Salvador de Jujuy, lá chegando às 12hoo.

    Dia 19, domingo. Km 4061. Saída de SSJujuy às 09hoo. Fomos para a cidade de Salta pela RN9, la Cornisa, uma estrada estreita e sinuosa, para turistas, visto que existe outra estrada mais moderna ligando aquelas cidades.

    Dia 20, segunda-feira. Dia com manhã chuvosa, mas que não atrapalhou (muito) os passeios. Fomos ao topo do cerro San Bernardo pelo teleférico. À tarde, todos já sentindo o cansaço da viagem, decidimos permanecer no hotel (saímos apenas para comprar doces e vinhos).

    Dia 21, terça-feria: Km 4161. Saída de Salta às 08h30. Viajamos até Resistência, via RN16, estrada longa, reta e plana. Chegamos ao nosso destino ao final da tarde.

    Dia 22, quarta-feira: Km 5000. Saída de Resistência às 09hoo. Fomos até Foz do Iguaçu. A RN12, após Posadas, está sofrível. Muitas interrupções, desvios e semáforos. Sem dúvida a parte mais estressante da viagem. Chegamos ao destino às 17hoo.

    Dias 23 e 24. Aproveitamos estes dias para visitarmos as atrações da cidade: as cataratas, a gigantesca barragem e por que não?, atravessamos a pé a ponte da Amizade (onde o Brasil entrou com o dinheiro e o Paraguai com a amizade).

    Dia 25, sábado. Km 5738. Saída de Foz do Iguaçu às 09h30. O suplício rodoviário continuou pela BR277, a "grande estrada" até Cascavel. A rodovia está em condições ruins, muito movimentada, com pista simples e desvios, e ainda por cima, pedagiada. A situação ficou menos pior após Cascavel, quando tomamos sentido norte, rumo a Londrina, onde chegamos às 17hoo.

    Dia 26, domingo. Km 6276. Saída de Londrina às 08h40 rumo a Santo André. Percurso realizado sem problemas (rodovia duplicada após Ourinhos). Chegamos em casa às 15hoo, após 6883 Km rodados, exaustos mas satisfeitos.

  • #3
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    12/09/2015
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    Olá, primeiramente obrigado pelo relato, estou planejando uma viagem em janeiro e trajeto q estava pensado seria +- curitiba ate el penon (ver o campo de pedra pomez), seguir ate antofogasta e entao entrar para a regiao de antofalla, depois para a do cone de arita e tolar grande, seguindo para pocitos pelo salar del diablo para entao seguir para san pedro do atacama e depois uyuni. È o roteiro "bruto" ainda. A principio iriamos com uma Defender e provavelmente uma Outlander GT (vou trocar meu carro por ele provavelmente).
    Gostaria de saber se vc acha que é possivel fazer isso apenas com a outlander, caso a defender não vá.
    Grato,
    Léo.

  • #4
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    Citação Postado originalmente por Leo Zago Ver Post
    Olá, primeiramente obrigado pelo relato, estou planejando uma viagem em janeiro e trajeto q estava pensado seria +- curitiba ate el penon (ver o campo de pedra pomez), seguir ate antofogasta e entao entrar para a regiao de antofalla, depois para a do cone de arita e tolar grande, seguindo para pocitos pelo salar del diablo para entao seguir para san pedro do atacama e depois uyuni. È o roteiro "bruto" ainda. A principio iriamos com uma Defender e provavelmente uma Outlander GT (vou trocar meu carro por ele provavelmente).
    Gostaria de saber se vc acha que é possivel fazer isso apenas com a outlander, caso a defender não vá.
    Grato,
    Léo.
    Leo,

    Acho que já nos falamos antes.
    Se o Outlander é 4x4 não vejo problemas de se fazer este roteiro, principalmente se vc tiver de companhia um Defender que pode lhe ajudar numa enrascada.

    Também sou de Curitiba e quero fazer exatamente (ou quase) o mesmo trajeto. Devo sair no dia 5 de janeiro para não bater com as datas em que o Rally Dakar vai estar na mesma região (veja link abaixo). Digo isso pq com o rally na mesma região isso dificultaria a hospedagem.

    Poderiamos seguir juntos, caso a Defender não vá. Assim poderiamos nos ajudar mutuamente.

    O que acha?

    Link do Dakar: http://www.dakar.com/dakar/2016/us/route.html

    Um abraço
    Marcelo J. Manente

  • #5
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    23/08/2015
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    Bacana o relato, sempre ajuda e inspira novas aventuras!
    Quer acompanhar minhas aventuras? Basta me seguir no Instagram @decomedrj

  • #6
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    18/09/2016
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    Bom demais esse relato! Obrigado por compartilhar! Me joguei no google maps pra ver partes do roteiro e é impressionante mesmo. Pena não ter colocado um link com algumas fotos (ainda está em tempo).

    Deve ser muito interessante rodar tudo isso com o sol do inverno e as noites super estreladas também.

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