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Convex Datacenter
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Resultados 61 a 72 de 77
  • #61



    Antes de pensar em testar é preciso saber com o que testar, e pra isso pode-se fazer uso de voltímetro, lâmpada de teste ou led de teste, entendendo as características e limitações de cada um.

    -Voltímetro, que pode ser analógico ou digital, serve para monitorar valores de tensão estáticos ou com pouca variação, e a limitação está no tempo de resposta do instrumento. Nos voltímetros analógicos a limitação vem do tempo de reação do ponteiro, e nos digitais do numero de leituras por base de tempo, que normalmente é feito em torno de 3~4 leituras por segundo.
    Por exemplo, a saída do sensor Hall pode estar em 0V quando fechado e em 12V quando aberto, não existe meio termo. Girando o motor lentamente é possível acompanhar a variação de tensão, que será de forma abrupta, entre 0 e 12V, mas a medida que aumenta o giro do motor o instrumento deixa de acompanhar a excursão da tensão. Se o voltímetro for digital a indicação ficará uma mixórdia, não servindo pra nada. Se o voltímetro for analógico a indicação será uma média de tensão, o que também não servirá pra muita coisa.
    Outra característica do voltímetro é a impedância de entrada, e isso pode ser traduzido como sendo a quantidade de energia que o voltímetro requer para gerar a indicação de tensão. Quanto maior a impedância menor a energia necessária, e menor será a influência do voltímetro na tensão a ser monitorada.
    Por exemplo, sonda lambda gera um sinal de baixa corrente e qualquer consumo a mais "derruba" este sinal. Se o voltímetro for de alta impedância não haverá alteração da tensão, mas se for de baixa impedância o próprio instrumento irá falsear a medição.
    No geral, quanto melhor for o instrumento menor é a impedância de entrada, e o fato de ser digital não significa que é bom, pelo contrário, tem muito instrumento analógico que dá de dez a zero em muito digital de baixo custo.
    Linearidade e precisão (e até durabilidade) são outras características de grande importância e via de regra isso já está de bom tamanho em instrumentos de qualidade, mas nos de baixa qualidade isso beira o lixo. Em termos de grana não existe um valor que determine a qualidade, mas como referência, abaixo de 50 reais não dá para esperar muita coisa, e é preferível juntar outro tanto e comprar coisa um pouco melhor, e mais durável, com certeza.

    Resumo: voltímetro vale o seu preço e serve para indicações absolutas de tensão, com pouca ou nenhuma variação, e pode ser utilizado junto a sinais "fracos", como a saída de sensores.

    -Lâmpada de teste: é o mais elementar dos "instrumentos" mas quebra um galhão em muitas situações.
    Com lâmpada de teste pode-se checar a presença/ausência de tensão, mas de acordo com a intensidade da luz também é possível ter uma idéia relativa de tensão.
    Por exemplo, pode-se fazer uma "aferição" da lâmpada, observando a intensidade da luz quando conetada junto à bateria. Se conectando a dita junto ao fio positivo do módulo de ignição a luminosidade for menor, tem boi na linha, já que o menor brilho indica tensão mais baixa que nos bornes da bateria.
    Lâmpada, a exemplo de voltímetro, também não serve para checar grandes variações de tensão, e quanto maior for a "potência" da lâmpada maior será a inércia. Por exemplo, uma lâmpada de painel, de poucos Watts, pode servir para checar a saída de módulo de ignição no momento da partida, mas uma lâmpada de freio com 20~25 Watts, na mesma situação, mal terá seu brilho alterado, dando a impressão de que existe uma tensão fixa e não variável.
    Quanto maior a "wattagem" da lâmpada maior o consumo de corrente do circuito a ser monitorado. Lâmpada de painel pode servir para monitorar o sinal de saída de sensor hall, mas uma lâmpada de freio pode pifar o sensor.
    Por outro lado, saídas de alta corrente quando "em aberto", quando a carga está desconectada, devem ser checadas com lâmpada de alta wattagem.
    Por exemplo, em substituição à bobina, a saída do módulo de ignição DEVE ser checado com lâmpada de alto consumo. Existem casos que o módulo com problema na saída comuta uma carga de baixo consumo, mas basta aumentar a carga que o módulo deixa de comutar.

    Resumo: lâmpada de teste pode ser utilizada sem restrições na verificação RELATIVA de tensão em qualquer ponto de ALIMENTAÇÃO de circuitos. Variações de tensão podem ser vistas com alguma dificuldade e seu uso junto a sensores deve ser feito com muito critério. Serve perfeitamente para simular cargas (bobina de ignição, motores, atuadores, etc.), preferencialmente quando o consumo da lâmpada é semelhante ao consumo original.

    -Led de teste: existe uma gama imensa de instrumentos de teste baseados em led, que vão do mais simples, com um único led, onde é possível saber apenas sobre a existência de um determinado valor de tensão, até os mais complexos, com 10~15 leds, que atuam como verdadeiros voltímetros.
    O ideal é checar as características do instrumento junto ao manual do fabricante (coisa decente tem manual, e manual é pra ser lido ) mas em linhas gerais a coisa pode ser colocada da seguinte forma para os instrumentos mais comuns, com até 3 ou 4 leds.
    Sevem para indicar a tensão acima de um determinado patamar ou, em alguns instrumentos e com alguma dificuldade, a tensão relativa em função da variação de luminosidade, e neste caso tem aplicação semelhante a que se faz com lâmpada comum.
    Para emitir luz o led consome energia, e de forma genérica pode-se considerar um consumo de 20~30 mA, o que é muito inferior a uma lâmpada de painel, consequentemente seu uso se torna interessante para monitorar sinais mais "fracos", como do sensor hall, por exemplo, sem riscos de danos ao sensor.
    Led apresenta uma inércia muito pequena, muitíssimo menor quando comparada ao voltímetro e infinitamente menor quando comparada à lâmpada. Na verdade o dito pode acender e apagar numa velocidade muito maior que a própria persistência dos nossos olhos, de onde se pode dizer que qualquer sinal que tenha grande variação de tensão pode ser visto em frequência de até 20~25 variações por segundo, aproximadamente.
    Por exemplo, com led é possível ver a comutação do sensor hall com o motor em marcha lenta, coisa impossível de ser feita com lâmpada e muito difícil de ser observada com voltímetro.
    Led é muito sensível a picos de tensão e alguns instrumentos tem proteção, outros não. Por exemplo, na saída do módulo de ignição é comum a existência de picos de tensão que superam fácil os 200~300V, e isso acontece em QUALQUER módulo (isso tem a ver com a tensão contra-eletromotriz que surge na comutação de qualquer tipo de enrolamento, bobina de ignição, relé, motores, etc. ) mas apenas no momento da comutação da bobina. Se o instrumento tiver proteção pode ser utilizado sem problemas para monitorar este ponto, caso contrário o led (ou leds) vão pro saco num piscar de olhos.

    Resumo: com excessão à simulação de cargas, led de teste tem aplicação semelhante à lâmpada, com a vantagem, inclusive sobre voltímetros, de servir para monitorar sinais que comutam de forma relativamente rápida, e pode ser utilizado para monitorar diversos sensores sem risco de danos.

    Resumo do resumo: todo instrumento tem vantagens e desvantagens, daí a importância de conhecer suas características e emprego, e para monitorar qualquer coisa mais complexa que uma simples e relativamente lenta excursão de tensão só com o uso de osciloscópio, instrumento indispensável pra quem trabalha com qualquer coisa melhor que um Gol GTi do século passado.
    Por exemplo, sem osciloscópio não é possível ter CERTEZA sobre o funcionamento de diversos sensores, daí só resta o teste estático, muitas vezes impreciso, com a substituição na base da loteria, tão comum de ser ver por aí.

    Saber o que se pode fazer com o instrumento é apenas o começo. De nada adianta conhecer o que se pode fazer sem saber das características do que será monitorado.

    Sds,
    Sukys

  • #62

    bobina esquentando

    No meu niva a bobina esquenta um absurdo e o carro começa a falhar. Já troquei ela e nada. Vou testar as voltagens para ver. Mas pelo que li a bobina que uso a 067 tem resistência no primário bem inferior que a recomendada para o niva, a 077, mas essa tem o problema do pino ser diferente da 067 e impossibiltar a instalação.
    Mas vou fazer um teste com as voltagens.

  • #63
    Como escrevi anteriormente, saber fazer uso de equipamentos de teste tem sua importância mas só isso não basta, também é necessário conhecer o funcionamento, pelo menos no básico, daquilo que será testado.
    Módulo de ignição convencional é, em essência, um amplificador de corrente, um tipo de circuito eletrônico que permite controlar, por meio de um sinal de baixa corrente, uma carga elétrica com razoável consumo. Como o controle deste amplificador é na base do tudo ou nada, ligado ou desligado, em termos funcionais pode-se fazer uma analogia com o relé, que não deixa de ser um amplificador de corrente, só que por meios eletromecânicos.
    Fazendo um esquema simplificado do módulo de ignição temos então a seguinte configuração: uma chave eletrônica com um dos terminais conectado ao negativo da bateria, e o outro terminal conectado ao negativo da bobina de ignição (ligação idêntica a que se encontra em um sistema por platinado) e nesta chave eletrônica o controle de abertura/fechamento é feito por um sinal elétrico de baixa intensidade, que tem como origem o sensor que está lá no distribuidor.
    Neste diagrama simplificado temos então 4 conexões, identificadas como entrada, saída e alimentação elétrica (positivo e negativo) necessário para o funcionamento do circuito eletrônico, e demais conexões, se houverem, geralmente são "duplicatas" da alimentação, para uso pelo sensor ou bobina de ignição, ou então não possuem conexão.
    Em resumo, o módulo de ignição funciona como um relé, e até seus terminais tem função semelhante, e na hora do teste, tendo isso em mente, a análise ficará mais simples.

    A alimentação elétrica, com negativo ao chassi e positivo pós chave, deve ser o primeiro item a ser checado, e isso é uma prática que SEMPRE deve ser adotada para checar qualquer dispositivo elétrico ou eletrônico, e aí pode-se utilizar tanto o voltímetro quanto a lâmpada ou o led, porém com estes dois últimos convém "calibrar" o instrumento para ter o máximo de certeza sobre a tensão monitorada, que deve ser igual à da bateria.
    A alimentação sempre deve ser checada junto ao módulo, tanto o positivo quanto o negativo, evitando assim falseamento de leitura por causa de mal contato na fiação, e preferencialmente tanto com o motor desligado quanto ligado. Muitas vezes a alimentação está OK com o motor desligado, mas com o motor ligado a comutação da bobina pode fazer com que algum eventual mal contato dê o ar da graça.

    Saída do módulo sempre é conectada ao negativo da bobina, e o positivo da bobina sempre ao positivo da bateria, que pode ser diretamente do pós chave ou mesmo oriundo do módulo, e entre a bobina e o positivo pode existir um resistor limitador de corrente (resistor ballast ou shunt) que tanto pode ter a carinha de um resistor parrudo ou ser apenas o próprio condutor, feito de material resistivo, e existindo ou não o resistor, no teste da saída do módulo encontram-se apenas duas tensões, 0 ou 12V,ou bobina energizada, bobina desenergizada.
    Já no positivo da bobina, se não houver resistor a tensão monitorada terá sempre o mesmo valor, 12V. Se houver resistor a tensão será de 12V com a bobina desenergizada e algo em torno de 8~9V com a bobina energizada.
    Por se tratar de um trecho do circuito onde circula alta corrente, qualquer um dos equipamentos de teste pode ser utilizado, com especial atenção ao led, que deve possuir proteção contra picos de tensão.

    Entrada do módulo sempre é conectada ao sensor do distribuidor, e os sensores mais comuns de se ver por aqui são o Hall, que pode ser visto como uma chave de baixa intensidade de corrente controlada por campo magnético, e o sensor de relutância magnética (também conhecido como impulsor ou "aranha") que também faz uso de propriedades magnéticas mas não atua como uma chave propriamente dita.
    Analisando um circuito com Hall, na entrada do módulo só existirá 0 ou 12V, dependendo da situação em que se encontra o sensor, sob campo magnético ou não, e este ponto do circuito poderá ser testado com voltímetro ou led. Uso de lâmpada deve ser feito com critério, já que dependendo da "wattagem" da lâmpada poderá haver mal funcionamento do circuito ou até danos ao sensor. Convém observar que sensor Hall também requer alimentação elétrica para funcionar, que deve ser checada preferencialmente junto ao sensor, em seu conector.
    Com impulsor a coisa complica, pois neste tipo de sensor o sinal gerado tem excursões de tensão positivas e negativas, com amplitude variável em função da rotação do motor. Led e lâmpada não servem pra nada, com voltímetro e muita atenção é possível observar a excursão de tensão, desde que o motor esteja em rotação de partida. Abaixo e acima desta rotação é praticamente impossível analisar algo de util.

    Sds,
    Sukys

  • #64
    Usuário Avatar de Márcio Magalhães
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    Amendoa,

    O carro do Andrade, logo antes dele falecer, estava com este mesmo problema. Idêntico mesmo! O Ramiro virou o carro ao contrário e nada. Logo depois o Andrade deu uma sumida... mas eu encontrei antes do ocorrido e lembro-me dele falando que havia descoberto o problema... e que era algo realtivamente inusitado e de simples correção. O f. agora é lembrar o que era!

    []´s,

  • #65

    Angry

    Citação Postado originalmente por Márcio Magalhães Ver Post
    Amendoa,

    O carro do Andrade, logo antes dele falecer, estava com este mesmo problema. Idêntico mesmo! O Ramiro virou o carro ao contrário e nada. Logo depois o Andrade deu uma sumida... mas eu encontrei antes do ocorrido e lembro-me dele falando que havia descoberto o problema... e que era algo realtivamente inusitado e de simples correção. O f. agora é lembrar o que era!

    []´s,
    bote esses dois neurônios para trabalhar... cara tá complicado.. Vou tocar no assunto com o Ramiro, certamente ele deve lembrar. Lendo agora a aula do Sucks vi que estou no caminho.... errado.. ainda mais com meu poderso multimetro "xing-ling" de 10 reau.
    []s

  • #66

    Talking

    Citação Postado originalmente por maanunes Ver Post
    bote esses dois neurônios para trabalhar... cara tá complicado.. Vou tocar no assunto com o Ramiro, certamente ele deve lembrar. Lendo agora a aula do Sucks vi que estou no caminho.... errado.. ainda mais com meu poderso multimetro "xing-ling" de 10 reau.
    []s
    Só uma perguntinha, a ignição eletrônica do carro do andrade era original ou adptada ? E mais importante, quem fez, vc sabe?
    []s

  • #67
    Citação Postado originalmente por maanunes Ver Post
    No meu niva a bobina esquenta um absurdo e o carro começa a falhar...Mas pelo que li a bobina que uso a 067 tem resistência no primário bem inferior que a recomendada para o niva
    Nunes,

    A resposta do problema está no resumo do seu texto.
    Se a bobina em uso tem primário com resistência menor, estranho seria não esquentar.
    Se a bobina ainda não está "bichada", instale um resistor ballast em série como o positivo da bobina que este problema será muito atenuado ou até deixará de existir.

    Sds,
    Sukys

  • #68

    Talking Resistor blaster

    Acho que muitos devem ter essse problema, mas muitas vezes passa despercebido no gasolina, mas no GNV fica claro. Vou procurar esse resistor, que aqui no RJ está dificil.
    Agora uma dúvida, essas bobinas MSD, Accel tem resistencia baixa no primário, algo em torno de 0,8 ohms, com elas tb deve ser usado o resistor ?

    []s

  • #69
    Usuário Avatar de Flugêncio
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    A ignição do Andrade era uma ignição Bosch adaptada, era minha e utilizava ela perfeitamente no meu Niva, mas no dele funcionava bem até esquentar demais a bobina.

  • #70
    Usuário Avatar de Márcio Magalhães
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    Olá,

    Isso mesmo, Flugêncio. Ele chegou a andar commais 2 bobinas dentro do carro por conta, uma delas era até a original russa. Quando fomos até São Pedro da Serra ele teve este problema novamente (tenho foto dele com o capô aberto! rs...). Na ida para o segundo encontro Nacional dos CDN (tenho foto disso tb! He he he) o problema mais uma vez apareceu.

    Mas lembro bem que o problema foi solucionado de uma forma inusitada e simples.

    []´s,

  • #71
    Mas o meu não chega a parar só falha, mas talvez pq a bobina é relativamente nova, trocado em fevereiro, apesar do carro rodar todo dia. Perguntei quem tinha adptado pq se tivesse sido a mesma pessoa, era bem provavel que o problema fosse o mesmo.
    Se o kit de ingnição era do cangaceiro I então ela estava ok. O cangaceiro I era que ano ? O meu conjuto de ignião fora tirado de um niva 93 que pertenceu ao Flávio Holanda.

    []s

  • #72
    Usuário Avatar de Flugêncio
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    Era do Niva Maestro, anterior ao Cangaceiro I, comprei em Manaus e vendí pra um senhor de SP.
    O Cangaceiro I era ano 94.

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