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Convex Datacenter
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Resultados 37 a 48 de 77
  • #37



    Entrei neste forum em 10/2005 e li muitos topicos assinados pelo Sr.Sukys,que muito contribuiram para aumentar os meus conhecimentos automotivos

    So que um mes depois vi a noticia de seu auto-desligamento.

    Quando de repente ,qual não foi a minha supresa(alias do meu ponto de vista boa),novamento um topico comentado pelo Sr.Sukys.

    Espero que possamos contar novamente com os seus conhecimentos,e poder dizer "seja benvindo neste seu retorno".

    [ ] s
    Peter

  • #38

    Realmente era isso...

    Valeu mais uma vez, Sukys.
    Resolveu o problema, aí sim pode até partir pra invenções, mas querer misturar as coisas sem saber se são elas que estão dando o problema torna a coisa muito mais complicada.
    Em todo o caso, tenha CERTEZA de que o alternador não esteja com algum problema - contínuo ou esporádico - no circuito do regulador de tensão.
    Esqueci de mencionar: Quando tive esses problemas (duas bobinas queimadas, módulo de ignição queimado e outros...), a origem dos problemas estava realmente no regulador de tensão do alternador (a voltagem do sistema atingia picos de 18V, e chegou a sair uma fumacinha perto da caixa de fusíveis...).
    Foi nessa ocasião que troquei o alternador pelo do Santana, e fiz as outras "substituições" citadas no post #12... AGORA TÁ TUDO BELEZA ! ! !


    A razão das minhas perguntas, era - lógico, hehehe - tirar algumas dúvidas, e tentar entender um pouco sobre "a elétrica" do meu carro, além de ver se tinha algumas idéias,
    pois "repotenciei" o motor (como descrito na minha assinatura) e uma "incrementada" na ignição seria bem vinda...
    4X4 Brasil Razão: Corrigir um errinho...

  • #39
    Pessoal,
    Aproveitando esse tópico, gostaria, se possível, que alguém com mais experiência no assunto me tirasse uma GRANDE dúvida....Há um tempo atrás, instalei na minha viatura um distribuidor original Laika c/ sensor Hall, módulo de ignição Bosch e bobina do Gol MI tb da Bosch. Minha dúvida é:- É normal o módulo esquentar? Caso sim, o quanto esquenta dentro de padrões normais? A bobina tb esquenta, mas não tanto quanto o módulo, é normal??
    Quando eu ainda usava o distribuidor à platinado, a bobina simplesmente fritava, ficava realmente muito quente e dava problemas para religar o carro, só pegava depois de frio, etc, aquelas coisas que todos já conhecem...aí fui aconselhado a trocar a bobina, pois provavelmente o defeito era dela, troquei, mas nada se resolveu, continuou fritando e tb continuaram os mesmos problemas...foi aí que resolvi trocar todo o sistema de ignição por eletrônico.
    Realmente o carro ficou outro de andar, pega mais fácil, melhorou em retomadas, etc, mas ainda tenho esse receio da temperatura....É NORMAL?
    Obrigado à todos!!!

  • #40
    Peter,

    Obrigado pelas boas vindas.


    Mauricio,

    Sua dúvida se enquadra na questão "par casado bobina/módulo" e na questão "bobina plástica versus bobina asfaltica", que comentei na resposta ao Luciano e que agora comento com maiores detalhes.

    A grande diferença entre estes dois tipos de bobinas está na forma como é controlado o tempo de carga.

    Bobinas asfalticas (que levam este nome por causa do tipo de isolação interna, mas que pode ser estendido para qualquer bobina com formato cilindrico, "a lá antiga") tem o controle de carga efetuado por ângulo de comando, que é a única forma de controlar o tempo de carga sem o uso de muita eletrônica.
    Por exemplo, no sistema com platinado quem determina este ângulo é a geometria do came do eixo + distância dos eletrodos, no sistema equipado com Hall é a relação entre abertura/fechamento do disco de janelas.
    Como o controle é angular, significa dizer que o tempo de comando varia em função da rotação do motor, e como a bobina tem um tempo de carga fixo, significa dizer que só em uma determinada rotação a bobina terá o comando igual ao seu tempo de carga. Abaixo desta determinada rotação o comando é maior que o tempo necessário a carga, aí a bobina - e até o módulo - vão dissipar o excesso de carga na forma de calor. Acima desta determinada rotação o comando é menor que a necessidade de carga, aí a bobina não gera a faísca que poderia gerar.
    Como em relação a necessidade de carga o tempo de comando varia de forma absurda, as bobinas asfalticas são projetadas pra aguentar o tranco, e isso é feito aumentando sua capacidade de dissipação térmica, só que esta capacidade também tem um limite, e este limite térmico era o verdadeiro gargalo que impedia o aparecimento de bobinas com faíscas mais energéticas, pelo menos a um custo razoável.

    Bobinas plásticas (que levam este nome por causa do tipo de material utilizado na isolação) tem o mesmo princípio de funcionamento das asfalticas, e surgiram em função do uso de microprocessadores no sistema de ignição, onde é possível controlar o comando da bobina diretamente em tempo e não em ângulo (ou tempo angular). Assim, da marcha lenta até a rotação no talo o tempo de comando será sempre igual ao tempo de carga, e com isso tornou-se possível projetar bobinas mais eficientes, com características muito mais específicas para um determinado motor e com menos material, já que não existe mais a necessidade de transformar excesso de carga na forma de calor.

    Resumo desta história:

    -Bobina asfaltica é mais eficiente do que plástica em função do controle, o que não significa dizer que toda bobina plástica gera faísca mais energética que bobina asfaltica.

    -Bobina asfaltica tem margem para dissipar excesso de carga, bobina plástica nem tanto ou nada.

    Agora vamos ao seu caso em particular, ignição com controle por ângulo, módulo idem, bobina plástica do Gol Mi.

    De cabeça não sei os valores exatos (quem tiver o catálogo da Bosch pode postar os valores corretos) mas os números que interessam são mais ou menos o seguinte: o módulo eletrônico foi projetado para chavear a corrente produzida por uma bobina com enrolamento primário de 1,5 Ohm (vou até desprezar o uso de resistor ballast, que dobraria este valor) e a bobina do Mi tem um primário com resistência de 0,5 Ohm.
    Sob 14 volts, 1,5 Ohm representa uma corrente de 9,3 ampéres para ser chaveada pelo módulo, o que já é muito e deveria ser limitada com o uso de ballast, e 0,5 Ohm representa uma corrente de 28 ampéres, isso mesmo, o módulo deveria aguentar o chaveamento de VINTE E OITO AMPÉRES, algo como 5 vezes a sua capacidade nominal, que é por volta de 6 ampéres, e não é de se estranhar que seu módulo esteja esquentando.

    E a coisa não pára por aí. De memória não lembro do valor exato, mas com certeza a bobina do Mi tem um tempo fixo de carga que não supera 4 mS (0,004 segundo).
    Com o motor em marcha lenta, digamos 1.000 RPM, 4mS é o tempo angular de 15°, e com boa margem de acerto seu distribuidor deve estar gerando um ângulo de controle duas ou três vezes superior a isso, e não é de se estranhar que sua bobina esteja esquentando.

    Acima eu disse que bobina plástica tem pouca ou nenhuma margem de dissipação e a sua bobina esquenta mas não pifa. Pra sorte sua, esta bobina entra na categoria que tem pouca margem de dissipação, ou seja, não pifa de imediato, mas nem pai de santo arrisca dizer o tempo que vai durar, e a encrenca vai começar com trincas na isolação, gerando fuga de corrente ou, de cara e sem aviso, interrompendo o funcionamento. Fosse uma plástica da linha Fiat, por exemplo, poucos minutos com o motor em marcha lenta seriam suficientes para literalmente explodir a camada plástica da isolação externa.

    Acima eu também disse que o módulo está aguentando 5 vezes mais do que deveria aguentar, e o seu módulo esquenta mas não pifa. Não pifa porque na verdade não está aguentando 28 ampéres, exatamente. A corrente é alta, com certeza, mas também com certeza existe uma resistência em série diminuindo este valor, e esta resistência adicional vem da própria fiação, dos contatos nos conectores, dos contatos da chave de ignição, da fixação à terra e por aí vai. Talvez nisso tudo dê para somar 0,5~1 Ohm ou até mais, o que pode diminuir o valor real de corrente para algo em torno de uns 10 ampéres, o que também é muito para o módulo chavear sem que isso diminua sua vida útil.

    Já que está preocupado com o calor da bobina e do módulo, dê uma checada "a quantas andam" a temperatura do resto do circuito. Depois de meia ou uma hora usando o carro, cheque com a mão a temperatura da fiação do circuito da ignição, contatos elétricos da chave de ignição e conectores. Tudo deve estar com a mesma temperatura ambiente, qualquer coisa a mais é indício de SÉRIOS problemas futuros.


    Imagino que muita gente que usa esta receita de bobina de Mi em ignição convencional pode torcer o nariz ao ler este texto, mas qualquer um pode checar estas informações e valores, já que catálogo de fabricante e lei de Ohm estão aí pra isso mesmo, e chegar a mesma conclusão de que o módulo e a bobina estão no limite do talo, que tem coisa fritando no ar, e que, principalmente e finalmente, o anjo da guarda ainda não está de saco cheio com tanto abuso!

    Sds,
    Sukys

  • #41
    Não é questão de torcer o nariz ! A questão é : O que poderiamos fazer pra melhorar essa centelha sem ter que recorrer a um MSD ?

  • #42
    Usuário Avatar de Cavalcante
    Entrada
    31/01/2005
    Local
    Mairiporã/SP
    Idade
    51
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    1,162
    Agradecimento: 1
    Citação Postado originalmente por Sukys Ver Post
    Peter,

    Obrigado pelas boas vindas.


    Mauricio,

    Sua dúvida se enquadra na questão "par casado bobina/módulo" e na
    ...
    e finalmente, o anjo da guarda ainda não está de saco cheio com tanto abuso!

    Sds,
    Sukys

    PUT@ QUE P@RIU!!

    Depois eu digo que o cara fazia uma falta lascada e ninguém acredita!!!



    Isso sim é aula!

    Galera, aproveitem! O sujeito aí é um poço artesiano em eletrônica embarcada.

  • #43
    Caramba,,,, super aula..... valeu!!!!!!!!!!!!

  • #44
    Antes de mais nada, agradeço muito pela aula (e que aula...).Agora, resumidamente, minha questão é a seguinte:- Qual seria a solução para o meu caso em específico para que todo o conjunto de ignição trabalhasse em "harmonia"??
    Quando "encanei" com esse suposto problema da temperatura do módulo, fui aconselhado por um eletricista automotivo que se diz entendido do assunto, à usar uma resistência e até fixar o módulo mais afastado da lataria, se possível com um dissipador maior de calor, tipo aqueles usados em cooler de computadores. Isso confere ou não passa de "ilusão"?
    Mais uma vez, muitíssimo obrigado pela aula.....

  • #45

    Material a ser estudado

    http://www.autonewsbr.hpg.ig.com.br/...as/ignicao.htm

    Com a matéria desse link dá pra tirar praticamente todas as duvidas sobre a ligação dos modulos utilização das bobinas, ganhos e perdas, e possiveis upgrades ! Inclusive descrobi o porque da onda ser senoidal !

  • #46

    Question

    Aproveitando o tópico sobre ignição : - Ninguem sabe como desenvolver uma ignição sem o uso do distribuidor não ?

  • #47
    Citação Postado originalmente por alexandre roveri Ver Post
    Aproveitando o tópico sobre ignição : - Ninguem sabe como desenvolver uma ignição sem o uso do distribuidor não ?
    Alexandre,

    Se você tiver acesso a lista Jipenet procure nos arquivos por Igproof. Ignição estática, baixo custo e plug and play.
    Isso foi a 5 ou 6 anos atrás, e de lá pra cá duvido que o interesse por coisa do tipo tenha mudado muita coisa.

    Sds,
    Sukys

  • #48
    Citação Postado originalmente por MAURICIO PASSERO Ver Post
    Agora, resumidamente, minha questão é a seguinte:- Qual seria a solução para o meu caso em específico para que todo o conjunto de ignição trabalhasse em "harmonia"??
    Pra isso não existe segrêdo. Harmonia só existe quando tudo foi feito pra trabalhar em conjunto.

    Citação Postado originalmente por MAURICIO PASSERO Ver Post
    Quando "encanei" com esse suposto problema da temperatura do módulo, fui aconselhado por um eletricista automotivo que se diz entendido do assunto, à usar uma resistência e até fixar o módulo mais afastado da lataria, se possível com um dissipador maior de calor, tipo aqueles usados em cooler de computadores. Isso confere ou não passa de "ilusão"?
    Módulo não deve trabalhar afastado da lataria, pelo contrario, a lataria serve como auxílio na dissipação térmica, agora, afastar o módulo de regiões quentes é uma boa pedida, sempre, independentemente do caso.

    Cooler de computador só pode ser piada do eletricista, ainda mais em jipe. Já estou até imaginando a cena, Niva XP versão quatro ponto dois dando mensagem de "cooler not found" bem no meio da trilha.

    Resistor ballast faz sentido pra diminuir a corrente. Só que diminuindo a corrente diminui-se a tensão sobre a bobina, e como bobina plástica foi feita pra funcionar com 14 volts a dita não vai gerar faísca como deveria gerar.
    Resultado, vai gastar dinheiro e tempo de invenção pra ter como resultado o que já se consegue com uma bobina asfaltica, que custa muito menos e não dá trabalho.

    Solução pra casar bobina plástica com ignição convencional até existe, é só converter o controle de ângulo por tempo fixo de carga. Daí tudo funciona dentro da temperatura adequada e com a bobina gerando tudo o que pode gerar, só que circuito do tipo requer uso de microcontrolador, não dá pra fazer de outro jeito, e no final da história o custo talvez não justifique o empenho.

    Sds,
    Sukys

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