x
Convex Datacenter
Página 1 de 5 12345 ÚltimoÚltimo
Resultados 1 a 12 de 49
  • #1
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Wink Artigo: Links de Suspensão




    Olá pessoal,

    eu estava dando um olhada no www.pirate4x4.com, e encontrei um artigo, que me pareceu muito interessante a respeito da fabricação de links de suspensão. Pois bem, tomei a liberdade de traduzir o artigo na integra, e adaptá-lo ao português da melhor maneira possível dentro das minhas limitações, linguísticas e técnicas. Mas creio que não ficou tão ruim assim, então estarei postando aqui a tradução. Claro que as melhorias serão muito bem vindas, e algum possivel erro, será prontamente corrigido, então, aos experts em inglês, uma ajuda será muito bem recebida

    Texto extraído do site www.pirate4x4.com
    link: http://www.pirate4x4.com/articles/tech/billavista/Links

    Autor: Bill “BillaVista” Ansell
    Fotografias: Bill Ansell

    Chopsaw Notch Angle Calculations: Marc "Tigweld" Googer
    Copyright 2006 - BillaVista Offroad Tech

    Vou postar o texto na geral, por achar que é de interesse comum, porém se os moderadores preferirem, transferem o artigo para o local apropriado.

  • #2
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Links de Suspensão

    Links de Suspensão


    Introdução

    Nos últimos cinco anos, suspensões por links têem se tornado muito populares, e isso se deve a uma boa razão, elas oferecem não somente a melhor performance, mas também a maior flexibilidade. Projetando uma suspensão multi-link, você tem maior controle sobre como ela trabalha e também maior facilidade no posicionamento de componentes próximos, como freios, escapes e barras de direção. Contudo, devido a sua localização e ao contato com rochas ao qual esta sujeita, ela pode ser um tanto quanto vulnerável. Combinando isso ao trabalho crítico que tem os links, de fixar e posicionar os eixos, sobretudo em sistemas de alto torque. Poucas coisas podem ser mais desagradáveis do que um link entortado ou empenado, e terminais ou buchas destruídos durante uma trilha.

    Muitos experimentaram essa frustração, e muitos perguntam: Como e com que material devo fabricar minha suspensão? Este artigo pretende fornecer algum esclarecimento a respeito.

    Existem essencialmente cinco etapas para construir links de suspensão, eles vão preencher suas necessidades para que o resultado fique como você espera. Eles são:

    - Conhecer e pré-visualizar fatores de projeto.
    - Selecionar o material para o link.
    - Selecionar o tipo de junta para o fim dos links.
    - Decidir entre características específicas de projeto, como offset e curvas de afastamento.
    - Entalhamento e junção do tubo às juntas de articulação.

    Neste momento você deve estar se perguntando se eu não estou complicando um bocado. Eu não poderia dizer: “Pegue um tubo trefilado de aço 1020, de 2” x ½” de parede e solde nele os seus terminais favoritos” e deixar por isso mesmo? Bem, sim, e não. Sim, isto pode funcionar para alguns, mas eu sei que esta não é melhor solução para muitos – dependendo das necessidades. Mais importante, muitas das coisas que eu discutirei aqui podem ser aplicadas igualmente ao projeto, seleção ou a fabricação de qualquer parte - seja uma ligação simples da suspensão ou um chassi inteiro – custo benefício, peso, aparência, etc. isso sempre conta.
    4X4 Brasil Razão: Título

  • #3
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Fatores de Projeto

    Fatores de Projeto

    Antes de falar especificamente sobre a construção de links, é importante conhecer alguns fatores que devem ser considerados quando projetamos qualquer peça. Nós precisamos conhecer estes fatores, pois todo projeto é um conjunto – um equilíbrio cuidadoso. É impossível se obter o melhor em tudo – o mais forte, os mais leves, mais fáceis e mais baratos simplesmente não andam juntos. Eu me lembro do slogan de uma loja local de máquinas: “Nós oferecemos três tipos de serviços – Bom, Rápido e Barato – Mas você só pode me pedir dois deles.” A máxima é verdadeira em todo o trabalho que fazemos. Ao finalizarmos um projeto ou fabricarmos qualquer peça, devemos ter consciência da importância relativa que agregamos a cada um dos seguintes fatores. Não existe nenhuma resposta certa (embora provavelmente existam muitas erradas) e as necessidades são diferentes para todos, mas para evitar desapontamentos e frustrações devemos considerar:

    • Custo: O fator mais óbvio, mas também o que pode mais facilmente tomar caminhos inesperados. Obviamente, você quer o mais forte e confiável que for possível, mas você tem que ser pratico também. Titânio é maravilhosamente forte e leve, porém horrendamente caro, e dificílimo de soldar. Você também precisa estar ciente de possíveis custos futuros. Claro, com todas as “horas extras” esse mês eu poderia ter recursos para fazer tudo em aço 4340 – cromo molibdênio, e poderia ter um colega que possui a máquina e o conhecimento para soldá-lo corretamente – mas será que eu terei recursos no futuro para fazer um reparo? E será que ainda terei acesso a uma solda TIG?
    • Tamanho: Resistência quase sempre aumenta com um diâmetro maior dos tubos. Claro, você poderia usar uns tubos de 6” de diâmetro externo e eles nunca iriam se curvar, mas como você iria fazer caber esses tubos? Você deve examinar os seus limites práticos para saber qual tubo usar.
    • Peso: Pode ou não ser terrivelmente importante pra você. Para competidores, peso é um fator maior, para outros, talvez nem tanto. Contanto esteja ciente de que este peso, e onde ele esta localizado, vai alterar as características de desempenho de todos os equipamentos. Ele também pode aumentar muito mais rápido do que você imagina, lembre-se, peso é sempre uma troca – força contra força.
    • Facilidade de fabricação: com isto quero dizer, corte, solda, dobras, junções etc. Este fator está amplamente ligado ao tamanho, não seria bom comprar um tubo cromo-moly, de ½” de parede se o seu projeto pede que se faça uma dobra em uma dobradeira manual. Do mesmo modo, mesmo que você consiga obter tubos de titânio, não adianta se você não puder cortar ou soldar apropriadamente. Considere cuidadosamente se você possui as ferramentas, o tempo e a habilidade técnica para lidar com o material escolhido e tornar seus sonhos realidade.
    • Facilidade de reparos ou substituição: O material que você escolheu é fácil de ser achado novamente? Ou é algum tipo de tubo desconhecido, ou encontrado nas sobras de alguma obra? Se você utiliza juntas de produção comercial, (como deveria ser) elas vão estar disponíveis no futuro? Elas podem ser reparadas e há peças a venda individualmente? Não se esqueça, não importa o quanto é forte; tudo pode ser quebrado – você estará apto a fazer um reparo numa trilha se necessário?
    • Estética: como a aparência é importante. A quantidade de tempo, dinheiro e sacrifício que vai em um equipamento desses são enormes – eu sei. Você precisa ser capaz de voltar-se pra ele a qualquer momento e pensar “Cara, eu amo minha suspensão”. Não importa o tamanho do que você fez, ou quão forte isso é se você eventualmente vai odiar-se ao olhar para seu trabalho e pensar: “Eu conheço meu Frankenstein, suportes reforçados, links muito fortes – mas... como parece uma gambiarra”.
    • Forma e projeto: eu discutirei que, grama por grama, os tubos mecânicos de perfil redondo são os mais indicados para todos nós. É facilmente encontrado em uma grande variedade de diâmetros e espessuras para servir a todas as necessidades, fácil de cortar, entalhar e soldar com ferramentas que muitos de nós já possuímos ou podemos facilmente justificar a compra (pois tubos são tão largamente usados e possuem tantas aplicações que sempre teremos utilidade para as ferramentas), tem boa aparência, ocupam pouco espaço, é liso para deslizar por sobre as pedras ou pra fora delas, e existem inúmeras juntas ajustáveis e não ajustáveis desenvolvidas para tubos redondos. Isso não quer dizer que você não possa fazer ótimos links com esquadrias ou tubos retangulares – você pode. Contudo eu estou me dirigindo às tubulações redondas neste artigo. Eu também tenho preferência por links retos. Primeiro, eles são mais fáceis de fabricar e projetar. Segundo, um link que possui uma dobra, seja para afastamento ou outras finalidades de projeto, vai sempre requerer a aplicação de algum tipo de braço para manter sua resistência original – e é muito provável que isso tome boa parte do espaço obtido com a dobra. O resultado é muito pouco espaço ganho, mas com acréscimo de peso e de complexidade. Dobras bem estudadas sempre têm o seu lugar, mas para a maioria de nós, são desnecessárias e complicadas para fazer ou reproduzir. Consertar uma dobra cuidadosamente feita numa trilha pode ser uma tarefa impossível, enquanto um link reto pode ser martelado, ou forçado muito mais facilmente no sentido contrário, fazendo-o parecer novamente com uma linha reta.
    4X4 Brasil Razão: Título

  • #4
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0
    Naturalmente, o fator de projeto mais importante a considerar é o objetivo – o que nós estamos tentando construir e o que nós queremos que isso faça? Links de suspensão serão forçados de inúmeras maneiras - na compressão e na tensão como neutralizam o torque da linha motriz, na torção enquanto posicionam o eixo durante a articulação, e na dobra como contatam rochas e obstáculos. É neste ultimo caso onde a resistência dos links é mais crítica. Raramente um link quebra por tensão ou torção, mas frequentemente vamos ver links entortados por abuso nas condições de direção por terrenos difíceis. Então o que nos queremos é um link que resista ao dobramento o tanto quanto possível. A seguinte lista esboça as seis coisas que nós temos que decidir ao construir nossos links, e é seguida por alguma prova técnica dos fatores.

    As seis coisas a se considerar são:

    1. Comprimento: o comprimento do link será pré-determinado pela localização do eixo e pelo projeto. Entretanto devemos ter em mente que quanto maior os comprimentos dos links, mais suscetíveis a entortar eles serão. Quanto maior é o link maior será a alavanca que fará com que ele se dobre, ao encostar em algum objeto ao longo do seu comprimento. Estando ciente disso, podemos compensar o comprimento de um link muito longo pelo comprometimento de outros fatores (como custo e peso) usando um tubo com maior diâmetro ou parede do que seria preciso para um link mais curto.
    2. Diâmetro: o diâmetro externo (D.E) de um tubo é o fator mais importante para determinar a sua força. Nenhum outro fator vai ter uma importância tão grande na capacidade do nosso link em resistir ao dobramento. Se você quer os links mais fortes possíveis, a linha de base para o D.E. é nada menos que “tão grande quanto couber”.
    3. Espessura de parede: (E.P) a espessura da parede de um tubo, é o segundo fator mais importante na sua resistência ao dobramento. Contudo, desde o maior fator OD, que vai provavelmente ser determinado pelo espaço disponível, a espessura é o fator que nós devemos determinar com maior cuidado.
    4. Material: o material com o qual os links serão fabricados, segue colado à espessura em termos de determinância da resistência ao dobramento. O aço é a escolha óbvia para isso, ele é a combinação da força, da rigidez, da elasticidade, do peso, da facilidade de fabricação, e do custo. Existem quatro tipos comuns de aço para escolhermos: ASTM A-53 (ou similar), costurados por resistência elétrica ERW, trefilados ou sem costura (SAE 1020 – 1045) e ligas cromo-molibdênio (SAE 4350). A escolha do material tem um efeito significante nas propriedades do link - especialmente quando você considera que as forças de rendimento variam de 30.000 libras por polegada quadrada para a tubulação de ASTM A-53 a 90.000 libras por polegada quadrada para o tubo cr-mo. Entretanto, esta diferença não é tão pronunciada como você pode pensar, e mudar materiais, frequentemente não tem o mesmo efeito que mudar o DE ou a espessura do tubo. Por exemplo, aumentar um link de tubo 1020 DOM de 2” DE para 2.5” DE terá um efeito muito maior do que permanecer em 2” DE e apenas mudar para 4340 chrom-moly.
    5. Terminais – tipos de junta: a resistência total do link, assim como sua resistência durante as articulações depende muito das juntas utilizadas. Felizmente existem muitas boas opções disponíveis no mercado hoje em dia – já se foi o tempo em que eu fiz minhas primeiras juntas ajustáveis com pouca escolha utilizando as juntas velhas do trator. Junto com a potencialidade da força e da deflexão há muitos outros fatores a considerar na seleção comum, incluindo o preço, durabilidade, disponibilidade, ajustabilidade, e se podem ser lubrificadas e/ou reconstruídas.
    6. Nossa tolerância à falhas dos componentes: o mais pessoal e difícil de quantificar de todos os fatores. É o detalhe mais importante a ser observado na fase de projeto. Algumas pessoas gostam do ciclo constrói-quebra-re-constrói, enquanto outras desgostam/desprezam peças quebradas, incluindo a perda de tempo, frustração, perda de competitividade e situações precárias de rodagem. Entretanto se você está satisfeito refazendo todos os cortes, afinando o seu projeto ou refazendo um link torto pela terceira vez, e quer levar as coisas ao ultimo estágio, com certeza isso vai afetar suas decisões.

    Felizmente para nós, nós não temos que fazer cálculos detalhados de engenharia a fim de projetar um material e produzi-lo para nós mesmos. Já existe uma riqueza de escolhas boas prontamente disponíveis, junto com a informação em primeira mão de pessoas que usaram produtos diferentes. Com um catálogo dos fornecedores, este artigo, e um pouco de fritar a cabeça você achará a combinação ideal para seu projeto. A tabela 2 mostra as dimensões e as espessuras de tubulação mecânica redonda geralmente disponível em uma escala dos tamanhos prováveis para a construção de links de suspensão. Note particularmente o peso por comprimento (1 pé/ft = 330 mm). Embora os preços não estejam mostrados, tendem a aumentar exponencialmente com o tamanho e o peso do tubo.

  • #5
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Escolhendo Diâmetros, espessuras de parede e materiais:

    Escolhendo Diâmetros, espessuras de parede e materiais:

    A fim de tomar uma decisão bem informada sobre que tubo nós queiramos usar para construir nossos links, é útil explorar um pouco mais detalhadamente o efeito do DE e da EP na força relativa de tipos diferentes de tubo. Para isso nós devemos considerar dois conceitos separados, mas relacionados - quanto stress um tubo resistirá para uma carga dada, e como será a reação do tubo a esse stress. O stress é relacionado à secção (forma) e ao tamanho do link. A reação é relacionada ao material do qual fabricamos o link.
    Para fazer uma comparação útil, porém simples é necessário aplicar algumas fórmulas a um modelo muito simplificado. Os seguintes cálculos não pretendem representar cálculos reais da engenharia em nenhuma maneira, mas são suficientes para ilustrar os conceitos gerais para finalidades comparativas. O modelo contém as seguintes simplificações e suposições:

    • Assuma que o link é feito de um tubo.
    • Assuma que o tubo é redondo, cavado, com DE uniforme, e EP uniforme.
    • Assuma que quando instalado, o link forma uma barra suportada igualmente por ambas as terminações.
    • Assuma uma carga constante, apoiada no ponto médio do comprimento do link.
    • Assuma um link de 48”, (121,92cm), e uma carga aplicada de 5000lbs (337,8Kgf).

    O modelo não leva em conta cargas múltiplas, cargas dinâmicas, choque/impacto, desvios de secção (como no exemplo dos links ajustáveis), ou as cargas aplicadas em posições fora do centro.


    A fórmula para calcular o stress máximo em uma barra suportada em ambas as extremidades, com a carga aplicada no centro é:

    S = (W.L) / 4(Z)

    Onde:

    S = Stress (psi)
    W = Carga aplicada na barra (psi)
    L = Dist. de onde o tudo é suportado até onde é aplicada a força (pol)
    Z = Seção modular da secção da barra.

    A seção modular de um tubo redondo é calculada por:

    Z = I / Y

    Onde:

    Z = módulo da secção
    I = momento de inércia
    Y = distância entre o neutral axis (centro do longitudinal do tubo) e o limite externo da secção. Em outras palavras, o raio do tubo.

    O momento de inércia, é dado pela seguinte fórmula:

    I = 0,049(D^4 – d^4)

    Onde:

    I = momento de inércia
    D = DE (diâmetro externo do tubo)
    d = DI (diâmetro interno do tubo)

    Como a fórmula para I leva em conta DE e DI do tubo, é a mesma coisa que usar o DE e a espessura de parede - isto é o diâmetro interno é igual ao DE menos duas vezes a EP.
    O momento de inércia realmente descreve o quão fácil uma barra se dobra, determinando a quantidade de material que se tem, e o quanto este material está afastado do neutral axis (a linha sobre a qual a dobra ocorre). A experiência comum nos mostra a veracidade da equação: Você pode facilmente dobrar uma barra de aço maciça de 90 cm com ¼” de diâmetro com a mão, mas seria impossível dobrar a mão uma mesma quantidade de material se este fosse afastado do neutral axis como em um tubo com parede de 1/8” e 4” de DE.
    Então, com o DE e a EP nós podemos calcular o momento de inércia e a secção modular de qualquer tubo. Valores calculados para tubos comuns estão inclusos na Tabela 2.Se nós então pegarmos nosso modelo, assumindo um link de 48” e uma carga teórica de 5000lbs nós poderemos calcular o stress máximo no centro do tubo sobre tal carga. A tabela 2 também possui esse cálculo. Mas comparando os resultados deste cálculo de stress nós podemos ter uma boa idéia de resistência relativa (em termos de resistência ao dobramento) de diferentes tamanhos de tubos. Para deixar a comparação mais clara, eu escolhi (arbitrariamente) atribuir o valor de 1 ao stress (calculado para o nosso modelo) em um tubo de 1 ¾ x ¼”. Eu calculei então a diferença percentual entre o stress de todos os outros tubos comparado a esse valor base. Os resultados aparecem na ultima coluna da tabela 2, com um “-“ indicando que o tubo é –x% mais fraco que o nosso modelo e um “+” indicando o quanto ele é mais forte. Para comparar dois tubos diretamente, pegue o valor de stress mais alto, subtraia o do mais baixo, divida o resultado pelo mais alto e multiplique por 100.
    Por exemplo, se eu estou tentando decidir entre usar um tubo de 2 x ½ ” ou, tentar economizar em peso e custo utilizando um tubo de 2 x 3/8”, eu posso calcular a diferença de resistência entre os dois como segue:

    Da tabela 2:

    2 x 3/8” - stress – 3763
    2 x 1/2” - stress – 3401

    (3763-3401) / 3763 = 0.096 x 100 = 9,6% (o tubo de ½“ é ~ 10% mais forte)

    Contudo, com 8lbs/pé, o tubo de ½” é 19% mais pesado que o de 3/8” (6,5lbs/pé) e somente 10% mais forte.

    Material

    Agora, você pôde razoavelmente perguntar, como você compara tubos diferentes feitos de materiais diferentes? Lembre-se de que o segundo fator que devemos considerar na força de nossos links é a sua reação ao stress. Isto é, ao escolher um tubo baseado na espessura do DE e da parede, você pode ver que quanto mais forte o tubo, menos stress experimenta para uma dada carga - mas o que isto traduz no mundo real? Como o stress se relaciona à dobra? Há uma equação que pode ser usada para calcular quanto um tubo se dobrará ou se flexionará sob carga.

    F = [(W) (L^3)] / [48(E) (I)]

    Onde:

    F = flexão máxima sob carga
    W = carga aplicada (psi)
    L = distancia da junção ao local de aplicação da carga (pol)
    I = momento de inércia
    E = modulo de elasticidade do material


    O modulo de elasticidade é uma medida de rigidez, e é um valor constante para todos os aços (aproximadamente 30.000.000 libras por polegada quadrada). Esta equação ilustra que quanto o tubo dobrará sob a carga é relacionado ainda somente ao OD e espessura de parede, não ao material, desde que a equação inclui (I) e (E) mas nenhuma variável que esclarece diferenças no material. O que isso quer dizer é que todos os aços são comparáveis em rigidez, eles todos resistirão a dobrar em uma quantidade mais ou menos idêntica - da tubulação barata à tubulação cara cr-mo. A diferença entre eles é o que acontece quando se dobra. Os aços melhores, mais caros, devido a seus pontos de rendimento muito mais elevados e escalas elásticas maiores (tabela 2), de - flexionam mais facilmente fora da carga, retornando a forma original. Os materiais inferiores, podem eventualmente ceder (dobrar permanentemente) ou até chegar ao rompimento.
    A chave para a diferenciação entre aços é o relacionamento entre o stress e a força de rendimento do material. Quando o stress é maior do que a resistência à flexão, o link vai ceder ou dobrar permanentemente (limite de escoamento), quando o stress é menor que a resistência à flexão, o link retorna a sua forma original após a remoção da carga. A tabela 2 mostra uma lista dos materiais comuns usados nos links e em outras construções relacionadas ao 4x4. Note os diferentes limites de escoamento no rendimento dos tipos de aço.
    Não seja tentado a comparar diretamente os números de stress na tabela 2 aos limites de escoamento da tabela 1, porque os números na tabela 2 são puramente arbitrários, para finalidades de comparação somente, e não representam o cenário real. Por exemplo, não queira olhar a tabela 2 e notar que o exemplo do stress para uma carga de 5000 libras é somente 15.000psi. Então olhar a tabela 1 e calcular que estas 15.000psi são somente a metades do limite da tubulação para concluir que um tubo de 1-1/2”x 1/8” será forte bastante, porque este seria um erro. Os cálculos reais de cargas dinâmicas são mais complicados do que eu mostrei aqui, e é provável que em serviço seus links verão dez, talvez cem vezes mais stress do que mostra a tabela 2. As equações e os valores mostrados aqui são simplesmente a fim de compreensão ilustrando os conceitos discutidos, não devem ser usados para cálculos, e não incluem elementos críticos tais como o fator de projeto, as cargas de impacto, as margens de segurança, e os fatores da fadiga do material!

    Quando observamos as tabelas 1 e 2 juntas, a linha de fundo se torna aparente:

    - Quanto maior o DE e a EP do tubo que você escolher, menos stress o link vai sofrer sob qualquer carga aplicada.
    - Quanto melhor a qualidade do aço que você optar por usar, menos provável vai ser de qualquer stress superar o limite de escoamento do tubo, causando deformações permanentes e/ou a ruptura do material.
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos -1.jpg  
    4X4 Brasil Razão: Título

  • #6
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Tabela 1 – Limites médios de escoamento para diferentes materiais.

    Tabela 1 – Limites médios de escoamento para diferentes materiais.


    Material Limites de escoamento, PSI*

    ASTM A-53 cano 30, 000
    1020 ERW tubo 40, 000
    1020 DOM trefilado 70, 000
    4130 Cr-Mo 90,000
    4340 Cr-Mo 120,000

    * Valores representativos médios somente - os valores variam extremamente e dependem da condição do produto. Por exemplo, chrom-moly o aço 4340 pode ter um limite a escoamento variando de 68.000psi (recozidas em 1490ºF) a 243.000psi (temperado em 400º F). Consultar a especificação exata do fornecedor do produto para dados precisos.
    4X4 Brasil Razão: Título

  • #7
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0
    Em minha opinião, as melhores opções para construção de links são os tubos trefilados em aço 1020 a 1026. Canos comuns são muito fracos e moles para uma aplicação critica como essa. Tubos com costura HREW, variam muito em uniformidade e possuem um acabamento ruim de trabalhar e que requer limpeza antes de soldar. Os tubos rolados a frio REW, são mais fortes e mais uniformes, porém não são baratos para compensar o uso ao invés dos trefilados DOM. Por outro lado, a tubulação em 4340 é extremamente forte, mas eu acredito que essa resistência pode ser alcançada com o dimensionamento correto do DE e da EP em um tubo DOM em aço doce 1020. O 4340 também tem uma soldagem muito restrita, tratamento térmico pós-solda e requer alívio de tensão. Em minha opinião deve ser soldado somente com TIG ou Oxi-Acetileno, e tão somente se um correto alivio de tensões for feito após a soldagem. Certo, pessoas usam solda MIG a toda hora, e você pode com segurança fazer assim - MAS - o que você terá na realidade é um tubo superior com uma junção inferior da solda que reduz a força total do que quer que você fabricou, ao ponto mais fraco (a solda neste caso) e assim você tem uma estrutura muito cara e que não é melhor do que uma feita de 1020 trefilado. Quando eu recentemente refiz minha suspensão, 3 link dianteira e 4 link traseira eu usei uma combinação de 2 x 3/8”, 2-1/4” x ¼” e 2 x 3/16” em 1026 trefilado. Na tabela 2 os valores desses três tubos estão destacados para uma fácil comparação com o nosso modelo arbitrário de 1 – ¾” por ¼”.

  • #8
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Resistência a Impactos

    Uma última consideração que se relaciona primeiramente ao tipo do material e a EP é a propriedade da resistência ao impacto. Com isto me refiro a habilidade do link em resistir a amassamentos, arranhões e entalhes localizados. Isso é muito difícil de quantificar para uma comparação numérica direta, ao menos nós podemos indicar que quanto mais grossa a parede e mais elevada a qualidade do aço “mais resistente” o tubo será e melhor resistirá aos danos.

    A tabela 2 dá as dimensões e o peso aproximado para uma variedade larga dos tubos que estão disponíveis em ERW, em DOM, e em Cr-Mo, algum deles deve preencher suas necessidades. Verifique com seu fornecedor se há a disponibilidade de um tamanho e de um tipo em particular.

  • #9
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Tabela 2 - Propriedades dos Tubos

    A imagem não ficou legal, pois o fórum não suporta xls.
    mas a tabela original esta no link:

    http://www.pirate4x4.com/articles/tech/billavista/Links
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos -tabela2.jpg  
    4X4 Brasil

  • #10
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Seleção da Junta

    Na seleção de uma junta, a uma serie de fatores a observar:

    • Custo: o custo de juntas caras pode aumentar muito rápido, principalmente se o projeto for de uma 4link dianteira e traseira, que utiliza 16 juntas.
    • Ajustabilidade: se você precisar de links com comprimento ajustável, vai ter que achar uma junta que possibilite isso.
    • Resistência: você deve casar a resistência do tubo com a da junta. É inútil utilizar um tubo 4350 2 x ½” e uma heim joint barata.
    • Tamanho: assim como a resistência aumenta, o tamanho também, certifique-se que os seus links terão espaço adequado para a correta colocação das juntas.
    • Manutenção: danos e desgaste estão sempre presentes, uma boa junta deve poder ser reparada sem que seja necessário refazer o link inteiro.
    • Lubrificação: Este é um debate eterno entre opções pessoais. Dependendo do seu uso ou preferência escolha a sua, mas esteja certo de que a junta “selada” pode ser desmontada em caso de manutenção.
    • Tamanho do furo do parafuso: algo que você necessita considerar, especialmente antes de fabricar os suportes, as junções as mais fortes usam um furo de parafuso muito grande.
    • Capacidade de suportar desalinhamentos – certifique-se que a junção que você optou, trabalhará com seu projeto de suspensão sem causar o travamento excessivo que limitará o desempenho da suspensão e causará desgaste e danos excessivos aos componentes. Considere se a junção oferece espaçadores para aumentar a capacidade dos movimentos.
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos -img_2107_small.jpg   -img_2086_small.jpg   -img_2095_small.jpg   -img_2110_small.jpg  
    4X4 Brasil

  • #11
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Tabela - Juntas

    Em anexo: mesmo que a outra, a imagem boa esta no link.
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos -juntas.jpg  

  • #12
    Usuário Avatar de Paulo Eduardo
    Entrada
    03/06/2003
    Local
    Florianópolis / Urubici/SC
    Idade
    43
    Posts
    493
    Agradecimentos: 0

    Características de projeto

    Características de projeto

    Como mencionado previamente, eu sou um defensor dos links retos simples. Entretanto, você pode preferir um desenho mais altamente elaborado para seus links.
    Duas variações comuns são 1) deslocar a montagem para a junção e 2) links que são pré-curvados para a liberação de espaço. Se você decidir projetar os links com tais características, há uma serie de “contratempos” a prestar atenção. . Se você se decidir ganhar um afastamento extra, soldando o link mais para o alto da junção do que ao centro, esteja ciente que você terá que ajustar conformemente o entalhe em seu tubo e que você pode ter que reduzir o tamanho máximo possível no DE do tubo. Naturalmente, se você usar uma junção ajustável isto não será uma opção. Eu não sou um amante dos links curvos porque para não se perder resistência com a dobra, deve-se fazer um braço de reforço, e normalmente esse braço vai tomar quase todo o espaço liberado com a dobra. Um link curvado desloca o neutral axis do gravity axis (linha reta entre os finais do link) para o centro de curvatura (o lado côncavo da curva). Este deslocamento na posição do neutral axis causa um aumento do stress no lado côncavo do link - tanto quanto 3 a 5 vezes o stress em uma ligação reta. O que isso significa na pratica? Significa que dependendo de como é a curvatura do link, um link dobrado pode requerer um tubo de 2 x ¾” e ½” de parede, pesando 12lbs por pé, para se ter uma resistência equivalente a um tubo de 1 x ¾” por ¼ de parede que pesa somente 4 lbs por pé se for em linha reta. Em outras palavras, quase três vezes mais pesados e quase o dobro do DE.

  • Classificados ANUNCIE GRÁTIS

    AQUI VOCÊ ENCONTRA TUDO

    Informações de Tópico

    Usuários Navegando neste Tópico

    Há 1 usuários navegando neste tópico. (0 registrados e 1 visitantes)

    Tópicos Similares

    1. PORTARIA DO INMETRO
      Por leopoldo no fórum Fórum Geral 4x4 Brasil
      Respostas: 26
      Última resposta: 30/01/2018, 20:59

    Permissões de Postagem

    • Você não pode iniciar novos tópicos
    • Você não pode enviar respostas
    • Você não pode enviar anexos
    • Você não pode editar suas mensagens
    • BB Code está Ligado
    • Smilies estão Ligados
    • Código [IMG] está Ligado
    • Código HTML está Desligado

    Change privacy settings Alterar definições de privacidade