gvogetta
10/03/2003, 21:59
Caros Colegas,
Estou enviando para conhecimento geral, a história do JPX, um dos melhores e mais controversos veículos off-road já proiduzidos no Brasil...
A JPX do Brasil foi criada para atender uma necessidade do grupo
minerador EBX, que não encontrava substituto para os descontinuados Jeep Ford, visto que os demais 4x4 produzidos no Brasil não atendiam os quesitos de suspensão, bitola e esterçamento para trabalho em minas, qualidade e relação custo benefício necessários pela empresa.
O grupo EBX então decidiu produzir um jipe no Brasil. Avaliando diversos modelos produzidos no mundo, encontrou no Auverland o melhor projeto de jipe "heavy-duty" (trabalho pesado e contínuo).
Após negociações com Auverland, o grupo EBX adquiriu os direitos de
produção destes modelos no Brasil, trazendo todo o projeto para montagem no país. Ou seja: o JPX é uma cópia do jipe Auverland.
A produção comercial do JPX começou em 94 (existem raros 93) e foi reduzida drasticamente em 97 por questões de mercado. De 97 a 2001 foram produzidos poucos jipes, a maioria por encomenda.
No total foram produzidos aproximadamente 2800 jipes, sendo que
+- 500 foram modelos militares destinados às forças armadas (nosso Exército o utiliza, e com bons resultados). Alguns foram inclusive exportados, mas basicamente para importadores independentes em vários países.
Os primeiros jipes tiveram o conjunto motriz (motor/câmbio) importado. Isto compreende motor (peugeot XUD9, incialmente importado da França e posteriormente da Argentina), cambio (peugeout, importado da França, porteriormente o Clark nacional, o mesmo da S10) e eixos Carraro
(italianos) e caixa de transferência Auverland (único componente inportado do dono do projeto, e que servia de indicador para pagamento dos royalties pela escala de produção).
As únicas peças realmente fabricadas na JPX eram chassi e carroceria, o
resto era adquirido de fornecedores nacionais.
Todo o resto do jipe era nacional, utilizando-se basicamente de peças
existentes no mercado de outros veículos. Tem muita coisa do Uno, C10,
F1000, Kombi, Ford Cargo, Caminhão Mercedes, Gol, etc.
A JPX do Brasil parou a montagem de veículos por livre e espontânea
vontade em 2002. Não faliu, não quebrou, não deve nada a niguém. Ela existe ainda juridicamente, mas a fábrica foi desativada e os equipamentos leiloados.
Como a JPX do Brasil (que não fechou como falei acima) é obrigada por lei a manter o fornecimento de peças por "N" anos, ela nomeou uma empresa do RJ (Alpina 4x4) como distribuidora de peças, a qual ficou com o estoque então existente e com o cadastro dos fornecedores.
Além da Alpina, vários fornecedores independente de peças continuam a
importar, fornecer e desenvolver peças alternativas e mais baratas para o
JPX, visto que boa parte da produção foi destinada a orgãos governamentais e militares, e que são considerados "bons clientes". Entre eles destacamos a Torque Máximo, Território 4x4 e Murari.
Como você pode ver, os fornecedores de peças da JPX estão aí no mercado, com peças a disposição, para quem quiser pagar. Peugeot, Carraro, Eaton/Clark, Auverland etc, estão a disposição para atender este mercado. Nada falta para quem esta disposto a pagar por uma peça nova.
Mas o que acontece hoje na prática é que o pessoal troca tudo por pelas
peças usadas disponíveis no mercado na medida que dá algum problema mais grave (ou até antes de algum problema, para ter um jipe ainda melhor)... Se o dono está disposto, troca tudo por Hilux, (motor, cambio, cx e eixos) se for só o motor é substituído pelo Hilux, L200, Maxion 2.5, Kia, AP2000 gas, AP2000 Dielsel, etc...
Os eixos já vi com os da Hilux, Toyota e Willys.
O projeto possui bastante espaço e permite estas adaptações com facilidade, e que muitas vezes custam menos que uma manutenção mais complicada, principamente se considerarmos que muitas vezes a procedência destes componentes é duvidosa, em relação ao preço.
O JPX possui inúmeras vantagens sobre os demais jipes disponíveis no
mercado se compararmos jipes originais.
- É um Jipe que serve como carro, e não um carro "travestido" de jipe
- Custo "x" benefício
- Diesel
- Autonomia - mais de 800km por tanque (80L)
- Baixo índice de roubos, devido a pequena frota, e a que o motor não é
utilizado em outros veículos no Brasil
- A melhor suspensão entre os jipes da categoria
- Ótimo espaço interno
- Boa ergonomia
- Direção hidráulica de série
- Nível de ruído e vibração aceitável
- Muito mais bonito que os outros :-)
As desvantagens do JPX não vou citar, pois isto a oposição sabe da lista completa, até melhor que os próprios proprietários...
Como jipe, o JPX ganha na comparação com qualquer jipe (ou SUV metido a jipe) desde que considerado o CONJUNTO.
Individualmente ele perde em muitos dos quesitos (exceto suspensão),
pois todos os jipes tem o seu ponto forte e fraco, mas o JPX tem boa
pontuação em todos...
É logico que existem os "Frankensteins" da vida, que são jipes ou SUV's
totalmente descaracterizados do projeto original, onde foram investidos
mais do que o dobro do valor do carro para deixá-lo impecável, mas isto não está em consideração. Cada um com seus problemas, já dizia o "Velho Ditado".
Estou enviando para conhecimento geral, a história do JPX, um dos melhores e mais controversos veículos off-road já proiduzidos no Brasil...
A JPX do Brasil foi criada para atender uma necessidade do grupo
minerador EBX, que não encontrava substituto para os descontinuados Jeep Ford, visto que os demais 4x4 produzidos no Brasil não atendiam os quesitos de suspensão, bitola e esterçamento para trabalho em minas, qualidade e relação custo benefício necessários pela empresa.
O grupo EBX então decidiu produzir um jipe no Brasil. Avaliando diversos modelos produzidos no mundo, encontrou no Auverland o melhor projeto de jipe "heavy-duty" (trabalho pesado e contínuo).
Após negociações com Auverland, o grupo EBX adquiriu os direitos de
produção destes modelos no Brasil, trazendo todo o projeto para montagem no país. Ou seja: o JPX é uma cópia do jipe Auverland.
A produção comercial do JPX começou em 94 (existem raros 93) e foi reduzida drasticamente em 97 por questões de mercado. De 97 a 2001 foram produzidos poucos jipes, a maioria por encomenda.
No total foram produzidos aproximadamente 2800 jipes, sendo que
+- 500 foram modelos militares destinados às forças armadas (nosso Exército o utiliza, e com bons resultados). Alguns foram inclusive exportados, mas basicamente para importadores independentes em vários países.
Os primeiros jipes tiveram o conjunto motriz (motor/câmbio) importado. Isto compreende motor (peugeot XUD9, incialmente importado da França e posteriormente da Argentina), cambio (peugeout, importado da França, porteriormente o Clark nacional, o mesmo da S10) e eixos Carraro
(italianos) e caixa de transferência Auverland (único componente inportado do dono do projeto, e que servia de indicador para pagamento dos royalties pela escala de produção).
As únicas peças realmente fabricadas na JPX eram chassi e carroceria, o
resto era adquirido de fornecedores nacionais.
Todo o resto do jipe era nacional, utilizando-se basicamente de peças
existentes no mercado de outros veículos. Tem muita coisa do Uno, C10,
F1000, Kombi, Ford Cargo, Caminhão Mercedes, Gol, etc.
A JPX do Brasil parou a montagem de veículos por livre e espontânea
vontade em 2002. Não faliu, não quebrou, não deve nada a niguém. Ela existe ainda juridicamente, mas a fábrica foi desativada e os equipamentos leiloados.
Como a JPX do Brasil (que não fechou como falei acima) é obrigada por lei a manter o fornecimento de peças por "N" anos, ela nomeou uma empresa do RJ (Alpina 4x4) como distribuidora de peças, a qual ficou com o estoque então existente e com o cadastro dos fornecedores.
Além da Alpina, vários fornecedores independente de peças continuam a
importar, fornecer e desenvolver peças alternativas e mais baratas para o
JPX, visto que boa parte da produção foi destinada a orgãos governamentais e militares, e que são considerados "bons clientes". Entre eles destacamos a Torque Máximo, Território 4x4 e Murari.
Como você pode ver, os fornecedores de peças da JPX estão aí no mercado, com peças a disposição, para quem quiser pagar. Peugeot, Carraro, Eaton/Clark, Auverland etc, estão a disposição para atender este mercado. Nada falta para quem esta disposto a pagar por uma peça nova.
Mas o que acontece hoje na prática é que o pessoal troca tudo por pelas
peças usadas disponíveis no mercado na medida que dá algum problema mais grave (ou até antes de algum problema, para ter um jipe ainda melhor)... Se o dono está disposto, troca tudo por Hilux, (motor, cambio, cx e eixos) se for só o motor é substituído pelo Hilux, L200, Maxion 2.5, Kia, AP2000 gas, AP2000 Dielsel, etc...
Os eixos já vi com os da Hilux, Toyota e Willys.
O projeto possui bastante espaço e permite estas adaptações com facilidade, e que muitas vezes custam menos que uma manutenção mais complicada, principamente se considerarmos que muitas vezes a procedência destes componentes é duvidosa, em relação ao preço.
O JPX possui inúmeras vantagens sobre os demais jipes disponíveis no
mercado se compararmos jipes originais.
- É um Jipe que serve como carro, e não um carro "travestido" de jipe
- Custo "x" benefício
- Diesel
- Autonomia - mais de 800km por tanque (80L)
- Baixo índice de roubos, devido a pequena frota, e a que o motor não é
utilizado em outros veículos no Brasil
- A melhor suspensão entre os jipes da categoria
- Ótimo espaço interno
- Boa ergonomia
- Direção hidráulica de série
- Nível de ruído e vibração aceitável
- Muito mais bonito que os outros :-)
As desvantagens do JPX não vou citar, pois isto a oposição sabe da lista completa, até melhor que os próprios proprietários...
Como jipe, o JPX ganha na comparação com qualquer jipe (ou SUV metido a jipe) desde que considerado o CONJUNTO.
Individualmente ele perde em muitos dos quesitos (exceto suspensão),
pois todos os jipes tem o seu ponto forte e fraco, mas o JPX tem boa
pontuação em todos...
É logico que existem os "Frankensteins" da vida, que são jipes ou SUV's
totalmente descaracterizados do projeto original, onde foram investidos
mais do que o dobro do valor do carro para deixá-lo impecável, mas isto não está em consideração. Cada um com seus problemas, já dizia o "Velho Ditado".