A avaliação da vez me deixou muito contente, não só pelo carro, mas também pelo crescimento da marca em território brasileiro.
A Nissan já mostrou a todos que veio desta vez para ficar e nunca mais sair, como era para ter acontecido no passado. A marca Nissan chegou ao Brasil em 1951 por meio de um representante e teve seu auge em 1955 com seus jipes 4W60 4x4, que somaram aproximadamente 400 unidades. Com projeto de ampliar para 3 mil unidades por ano, algo aconteceu e não saiu do papel, fazendo com que a Nissan sumisse do mercado brasileiro por muitos anos, voltou apenas na reabertura da importação no Brasil, em 1991, por meio de um importador independente.
Vieram modelos como Maxima, Sentra e a maravilhosa Pathfinder, com o objetivo de emplacar no mercado nacional, o que veio a acontecer somente após aliança com a Renault em 2000, quando a matriz assumiu a operação no Brasil. Um ano depois passou a produzir em São José dos Pinhais as picapes Frontier e o utilitário esportivo X-Terra. Lembrando que já no ano seguinte, a Nissan vendeu 4.412 unidades da Frontier.
Em 2011 com a marca já consolidada, o presidente do Grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, anunciou a construção da fabrica em Resende, no Rio de Janeiro. Inaugurada em 2014, o poderio da marca vem aumentando a cada ano, principalmente depois dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 que a marca foi patrocinadora oficial e se pôs nos holofotes das mídias. A Nissan se destaca quando o assunto é vencer limitações físicas através do esporte, sempre apoiando atletas de todos os gêneros.
Exito no mercado: O principal deles é o queridinho Kicks, sucesso de vendas. March,Versa, Sentra e a Frontier completam o time.
Com o foco sempre no Brasil e no brasileiro, a Nissan iniciou no final do ano passado uma aventura em diferentes estados do Brasil para chegar aos primórdios do nosso país, em uma volta no tempo capaz de superar 10 mil anos. A Nissan Frontier comandou o projeto "Expedição Nissan: À procura do início do Brasil" que tem ajudado a divulgar os principais sítios de arte rupestre do país, alguns deles entre os mais antigos e importantes do mundo.
O conceito do projeto segue o compromisso da marca de estar cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros unindo os produtos com ações que contribuam com o país. A Nissan não só desbravou como também financiou melhorias para os estados visitados como: Minas Gerais: apoio ao projeto educacional "Terras de Lund" com produção de material didático - banners e réplicas de objetos, animais e habitantes da pré-história, gerido pelo Parque Estadual Cerca Grande, em Matosinhos, além de reforma do deck e de trilhas do Parque Estadual do Sumidouro. No Mato Grosso a empresa fez a doação de uma carreta que será utilizada para o transporte de visitantes da sede da fazenda Santa Elina até o sítio, um trajeto de cerca de dois quilômetros, trazendo mais comodidade para as pessoas que querem conhecer as pinturas rupestres. No Vale das Perdidas, aproveitaram a visita ao local e também plantaram mudas de Ipê Amarelo. Na Bahia o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) recebeu equipamentos de audiovisual que serão utilizados para palestras e cursos. Já no complexo arqueológico da Lagoa da Velha, a Nissan colaborou com o projeto de instalação de sinalização de indicação para o acesso aos locais, na área de visitação, além da colocação de corrimões E passarelas, entre outras instalações. Parabéns a Nissan pelo crescimento merecido e pelo projeto que além de explorar, também contribuiu, como poucos fazem.
Sempre é importante estar atento não só ao produto, mas também a trajetória da marca. Desta forma, conseguimos ter mais segurança e orgulho no investimento, que no caso desta Frontier, na versão de entrada SE é de 152 mil e na versão topo de linha LE 170 mil.
Em minha opinião, ambas versões valem a pena, mas devemos prestar atenção em um detalhe importante: a versão SE por 18 mil a menos só não tem mimos a mais, o carro é o mesmo e não deixa a desejar perante a versão mais cara. Minha escolha pessoal seria: Versão SE na cor Laranja Imperial que confere ainda mais robustez a picape e 18k em protetores e pneus mais agressivos.
Cabe um 33" fácil aqui!
O motor não é de um avião, mas atende o esperado e recompensa com economia no consumo, além de grande autonomia para longas viagens, já que seu tanque tem capacidade de 80 litros. Desta vez, pela paralisação e falta de combustíveis nos postos, não consegui fazer as médias de estrada, cidade e off-road como costumo fazer, mas tenho a média geral: rodei no total 719 km e fiz média de 8 km/l que é muito bom se considerado que usei bastante também em 4x4.
O cambio é automático de 7 velocidades e possui modo manual seqüencial eficiente. Nesta versão também tem controle de tração e estabilidade, bloqueio traseiro e controle automático de descida (HDC). Atitude louvável por parte da Nissan, pois estes itens poderiam estar presentes apenas na versão mais cara, como de costume em outras marcas.
Suspensão é a mesma em ambas versões. O destaque positivo vai para a traseira multilink com eixo rígido, que com pneus maiores deve ficar melhor ainda e sem o barulho dos arcaicos feixes de mola. O negativo ainda vai para a dianteira que continua macia acima do ponto e balançando mais do que deveria. Acredito que molas com maior pressão e amortecedores de alta eficiência resolvam este problema.
Na parte externa o carro tem pára-choques na cor da carroceria, retrovisores, grade e apliques cromados. As rodas são de 16" e ideais para pneus maiores e mais baratos, além de bonitas.
Internamente os bancos, console e forros de porta são revestidos de um tecido de agradável toque. Posição de dirigir é boa, controles do volante são simples e oferece controle de velocidade de cruzeiro. Radio com bluetooth e auxiliar. Antena do teto tem baixa recepção de estação de radio AM/FM e ainda tem o antigo leitor de cd.
Destaque para a chave inteligente presencial (I-key) também presente nesta versão que nem parece ser a de entrada. Tomadas 12 volts no painel superior, central e no porta objetos do apoio de braço, além de existir também na parte interna da caçamba. As alças de segurança não são menos importantes e também estão lá.
A Nissan Frontier deverá emplacar muitas unidades desta versão honestíssima, diante da nossa realidade, vá lá buscar a sua.
Até a próxima...
Flávio Verna
Insta: flaviostm