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  • Avaliação: Toyota Hilux SR Challenge

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    Faltavam apenas a Hilux diesel e a Ford Ranger para fechar o ciclo de avaliações focado nas picapes. Agora, falta apenas a Ranger para elucidar de forma simples e objetiva nossa opinião sobre cada uma delas, ponto a ponto, aguardem!

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    Todas as picapes foram e estão sendo testadas no mesmo trajeto que inclui: cidade de SP com transito, rodovia (Ayrton Senna e Carvalho Pinto), serra de Campos do Jordão e sul de Minas, além de um percurso montanhoso de terra com algumas dificuldades off road. Sei que o clima pode mudar o mesmo trajeto, as vezes com lama e outras vezes com terra solta, mas o parâmetro de estar em um mesmo percurso já conhecido, permite diferenciar uma da outra.

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    Com a versão SR Challenge da Toyota Hilux, não foi diferente. Esta picape tem um diferencial de peso perante as outras picapes: brasão Toyota. Por que digo isso? Porque a maioria das pessoas que possui, ja possuiu ou gostaria de possuir, diz que com a Toyota se sente seguro e não terá problemas. De fato, esta picape é muito bem resolvida e seus únicos problemas vem da idade deste projeto, que deverá ser atualizado em breve, principalmente em tecnologia.

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    Comprar uma picape da marca nipônica representa: tranqüilidade, tanto com a qualidade do produto quanto com o pós venda. A Toyota faz muito bem este trabalho, me parece. Porém, não acredito que conseguirão segurar todos seus clientes sem uma rápida atualização. A Nissan vem crescendo, fazendo muito bem o relacionamento com seus clientes e ganhando espaço entre as grandes. Já a VW com sua Amarok V6, repleta de tecnologia, já incomoda seus rivais nos números de vendas. Se a Toyota não apresentar ainda este ano um produto renovado, principalmente em tecnologia, vai perder espaço para as outras que estão ai e principalmente com uma grande ameaça chamada Mercedes Benz Classe X que já começou a ser apresentada e deve começar as vendas ainda neste ano, acredito eu.

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    A Hilux SR Challenge custa 162 mil. Neste preço, penso que deveria possuir ao menos: Chave de presença com botão para travar e destravar as portas na maçaneta; led; retrovisores com rebatimento elétrico e freio a disco nas quatro rodas. Itens que considero básicos nos dias de hoje. O volante esta ultrapassado e sem muita funcionalidade, inclusive a alavanca do controle de cruzeiro fica em posição de difícil acesso. O ABS atuando é barulhento e quem não sabe do que se trata, assusta.

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    O motor da Hilux, 2.8 turbo diesel já bem conhecido e confiável, rende 177 cv e 45,9 kgfm que não é ruim, mas já esta superado por outros mais eficientes, potentes, econômicos e com menor ruído e vibração. Inclusive, ruidoso como de um caminhão. A transmissão automática de 6 velocidades trabalha razoavelmente bem, mas na descida da serra de Campos do Jordão por exemplo, o giro chegava a 3.000 com marcha muito reduzida e mesmo acelerando de leve, demorava muito a subir marcha, fui forçado a utilizar a troca sequencial manual.

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    Na estrada de terra, depois de uma chuva, patinou na pior subida e não consegui avançar na primeira tentativa, confesso que não imaginava que não fosse conseguir, lembrando que já subi até com a Fiat Toro. Como sabia que esta subida não estaria muito fácil, pois havia chovido depois de semanas sem chuva, calibrei os pneus com 22 lbs para ter mais aderência, iniciei já com o 4x4 acionado e mesmo assim não foi suficiente para subir devagar e com controle. Tive que descer de marcha à ré, ganhar espaço e imprimir maior velocidade para vencer a subida escorregadia na segunda tentativa. Para outras manobras não tive nenhuma dificuldade.

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    Na rodovia em alta velocidade, tentei dentro do limite de velocidade, converter curvas fechadas o mais rápido possível e o resultado não foi dos piores e nem dos melhores, foi simplesmente satisfatório. Nesta versão não senti instabilidade, mas também não senti 100% de segurança. Em curvas canta muito pneu, que já estavam calibrados para rodovia com 30 lbs. Não tem como não pensar na lenda dos capotamentos das Hilux, por isso, fiz questão de testar o desempenho de estabilidade que pede um controle de tração.

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    O consumo registrado foi de 11 km/l na rodovia, 7 na cidade e 5 no off road 4x4. No total rodamos 629 km e foi necessário reabastecimento do tanque que estava cheio no inicio da avaliação.

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    As portas possuem dois estágios intermediários de abertura, muito bom, pois evita acidentes da porta se chocar com a pessoa. Já a tampa da caçamba é bem pesada e abre com tudo, se não estiver acostumado, pode tomar um susto.

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    Se você gosta da marca e não faz questão dos mimos tecnológicos atuais, a compra da Hilux é certa. Entre as duas cores disponíveis nesta versão, avaliamos a vermelha com detalhes em preto que é a mais bonita na minha opinião e chama bastante atenção por onde passa. A Toyota conseguiu nesta versão mais barata deixar com um "Q" de invocada e deixa bem longe a sensação de picape de entrada, mais parecendo ser a versão topo de linha.

    Até a próxima...

    Flávio Verna
    Insta: flaviostm

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